quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Quem apagará as luzes?



POBRE
PARAUAPEBAS
A outrora considerada rica mas que sabemos sempre pobre e deserdada capital nacional do minério









Milionária apenas no adjetivo, nunca sendo realmente beneficiada pelo enorme e espetacular fluxo financeiro e de capitais gerado em suas terras, causado frisson e enriquecendo milhares de oportunistas em todo o planeta. Parauapebas, seus homens, bichos, arvores e rios jamais foram respeitados ou pensados como elementos de uma complexa cadeia de respeito, recompensa e consideração.





Decididamente e sob a exclusiva ótica da boa ciência administrativa e de capitais, jamais, e digo jamais, vamos entender os desmerecidos e extraordinários investimentos feitos numa cidade suja, mal gerida, com empresários e políticos atrasados e dependentes, sem aeroporto, estradas ou barcos, energia elétrica, sequer sistema de saneamento e água, sem pensamento autônomo ou formadores de opinião fundamentados.

A rica capital do minério jamais entendeu que gera riqueza de uma única safra. Seus bens retirados do solo fazem a festa da balança comercial brasileira. E só. Apenas isto e perspectivas. Jamais estivemos preparados para qualquer destino a não ser o de Mariana. E só. Burros, estúpidos os consultores, empresários e outros inteligentes que olharam para estas bandas acreditando em crescimento chinês ou qualquer outra maluquice. Somos produto da mineração e da VALE e só. 

Idiotas e todos veem somente o volume de recursos, não compreendem seu fluxo natural e seu possível refluxo. Qual o destino dos bilhões de dólares gerados por esta terra milagrosa? Afinal, quem é realmente beneficiado com tanta exploração, tanta agressividade e perda da biodiversidade que o touro na loja de porcelana afobadamente explora?

Os políticos preocupados exclusivamente com seu umbigos e sua conta bancaria não estão interessados. Para eles qualquer ato ou iniciativa com expectativa acima de três anos é inviável. Estamos atrasados há 30 anos, vivendo à custa e sob migalhas de uma fera hostil e predadora. Não se interessa por humanos. Quando o veio de minério acabar, bate em retirada com suas máquinas e sua fome: atrás de outros veios, de outras terras virgens e incautos humanos.

POBRE
PARAUAPEBAS
Não é justo dar ouro em troca de papel. Mesmo quando este papel é dinheiro. Ouro troca-se por ouro ou por material de valor, de igual peso. E quando a corrupção é combatida com determinação.

As grandes lojas estão demitindo. Algumas estão com dificuldades de honrar compromissos com seus funcionários demitidos. Restarão apenas uma ou duas. Materia na próxima edição de tagetpm.blogspot.com.

Há décadas Parauapebas desafia as normas do pais e suas crises, crescendo sem parar. O grandioso projeto Carajás foi planejado para 400 anos! Todos entendiam que este crescimento espetacular duraria varias vidas inteiras. Só que o capital é falso, mente e a tecnologia é um desafio constante a inteligência dos homens. Jamais serão sequer 70 anos, como a própria predadora assumiu. E o pior, com uma mina virgem a 75 km não é necessário grande inteligência para saber o enredo e o gran finale. Esta é uma das razões pela qual já estamos a ver navios...




Os empresários, estas graças divinas, egoístas, incompetentes e perversos, entendem uma única equação financeira – preços altos, margens absurdas e folgadas, pequenos golpes e despreparo. Poucas vezes vivi entre “empresários” mais selvagens, arrogantes e ignorantes – incapacitados. Seu crescimento não foi por mérito, por espaço. Havia uma demanda absurda e insustentável por tudo. Por tudo, naquelas áureos tempos.
Oferecemos serviços aos grandes empresários. Foram unânimes com não. Não precisa. Conhecemos este desenvolvimento fake, passageiro, viemos de Minas.  Mas não e não. Ninguém pensou no futuro, chegaram a falar em loucuras que isto ou aquilo jamais aconteceria. Mesmo quando o maluco do Darci e aqueles malditos vereadores permitiram o inchaço exponencial de um vilarejo pobre e sujo, transformando-o numa ampla e espalhada praça urbana, ninguém quis escutar, é insustentável, podemos frear isto ou aquilo.

Delloite, Diagonal Urbana, Grupo Abril e tantas outras “grandes consultorias” vieram as nossas barbas vender sonhos mofados. Tiveram compradores e agora provam de seu próprio veneno.

Esse shopping não deveria existir, não temos fluxo financeiro para sua manutenção neste patamar de preços, emprego e renda. Não temos fluxo financeiro local para nada que esta ai. Acredito em lavagem de dinheiro, em golpes como o perpetrado pela Buriti e Bradesco com recursos do fundo de Pensão da Petrobras.

Fizemos um amplo estudo no Shopping e recomendamos sua alienação ao antigo proprietário. Acharam estes idiotas com dinheiro sobrando e totalmente cegos frente a realidade de Parauapebas, uma meia cidade, atolada em dividas monumentais e repleta de desempregados retirantes. Com enorme ignorância e dinheiro sobrando de outras transações, reformaram, aumentaram preços, inviabilizaram ainda mais o já inviável. Shopping de localidade é para servir determinada região. O em torno da WTorre, naquela situação já falida em São Paulo. Nem um supermercado foi inserido como ancora naquele tempo. Nenhum hospital ou posto de saúde fora construído para suporte, nem mesmo uma escola. Maluquice.

Não entendemos como Lojas Americanas e as outras ancoras ainda resistem. A Loja Avenida já vai tarde, tamanha a incompetência de sua gestão. Alias, incompetência é uma palavra doce frente ao tamanho desvario de virem para um arremedo de shopping numa cidade sem agua, rede de esgoto, energia elétrica confiável, mão de obra merecedora ou capacitada. Merecem cada grau do fogo que sentem neste inferno. Mesmo empresas “tradicionais” como Lojas Leolar ou Armazém Paraíba carecem de gestão profissional ou fundamento na sua contabilidade gerencial, fiscal e tributaria. A maioria não sabe se tem recursos ou se devem seu patrimônio, não prezam por profissionalismo ou análise, são pioneiros. Acostumados ao punhal e a bala acreditam em si com excessiva confiança. Não irão sobreviver. Veremos o hoje shopping  ser abandonado, se transformando em algo que nem se imaginou. Em 2011 sugerimos aos então proprietários sua  transformação num hospital hotel ou centro de saúde regional.
Em breve aquela região será um cenário de devastação. Gradativamente as famílias abandonarão o sonho impossível da casa própria, precisarão de comida e dinheiro e irão atrás. O abandono da prefeitura, sobrecarregada por corrupção e custeio crescentes matara primeiro a periferia, depois os locais mais movimentados. O refluxo populacional aumentará o abandono  de edificações e aparelhamento publico. O sistema de agua e esgoto jamais serão construídos cobrindo toda a cidade. 

 O mesmo trágico e já administrável destino terão as duas torres inúteis e desnecessárias, a enorme, branca e racista loja Havan, os excessivos e cartográficos postos de combustível, o incompreensível hotel Arcor e todos os demais excessos cometidos num vilarejo sujo e sem futuro. O mesmo fim dos grandes, caros e mal iluminados supermercados, Hiper Senna (2! Lojas), Matheus (com enorme desperdício de recursos inicial), Macri (se não ficarem quietos ali, sem movimento) e o fadado a falência e limitado Farturão. 

Nada ou ninguém poderá impedir ou protelar este futuro suicida, já virando realidade. A inercia da ignorância e capacidade de renovação é um câncer instalado há trinta anos!
 Alias, estamos nos rendendo ao futuro: não inventamos nada, as custas da VALE morremos. Seremos em pouco tempo mais um vilarejo como Redenção, Xinguara, Eldorado. O futuro chegou. Viva o passado.



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