segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ode Aos Ratos







Utilizo esta bela música de Chico Buarque, na voz inconformada de Ney Matogrosso para Homenagem a 10 vereadores da câmara municipal de Parauapebas. São um pouco piores, mas são os piores dos homens que conhecemos nesta província. Os vereadores do mandato anterior, permitiram ao Sr. Moisés e cia, quintuplicar a cidade, sem sistema de esgoto, sem água, sem energia. E o pior, sem nenhuma, nenhuma, LICENÇA AMBIENTAL. Inviabilizaram a cidade tanto geográfica, quanto economicamente. 

Deverão ser punidos. Estes vereadores agora, exceto o G5, estão no mesmo caminho, talvez num pior, pois já ajudaram a escamotear cerca de 2 bilhões. Então, ODE AOS RATOS, a estes ilustres senhores e seus companheiros do executivo municipal.

Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão
Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu
Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão
Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão
Rato
Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato