terça-feira, 23 de abril de 2013

OS NOVOS VEREADORES NÃO ESTAO CUMPRINDO SEU PAPEL





SILENCIO DE INOCENTES?




Eleitos em outubro 2012, os novos vereadores ainda se encontram a mercê do executivo, como desde a fundação de Parauapebas. Olhando as notificações no facebook de alguns, especialmente Charles, Miquinha, Bruno Soares, levando em consideração que postamos opiniões significativas e indicamos paginas que refletem a atual gestão da cidade, não se posicionaram, não retornaram a leitura.

Esta posição indica a postura ancestral desses eleitos que passam anos e anos afastados do real convívio social e dos sérios problemas de Parauapebas: serão certamente mais alguns figurantes e logo serão esquecidos pela historia.  É para se observar e refletir que publicamos trechos de posts anteriores nosso sobre os destinos e desafios dos passageiros da Camara Municipal de Parauapebas:











POLITICA I
(atenção: este post é de 2010. Ler total no blogdomiquinha.blogspot.com)
Neste ano político, vamos analisar brevemente a ação dos vereadores de Parauapebas, mostrando um histórico das ações que não renderam votos, retirando seus autores da cena política da cidade. Para se ter votos indefinidamente como vereador, basta não fazer nada. Isto mesmo, nada. Apenas ser fiel aos seus pilares eleitorais e não fazer nada. Portanto, se sua meta é permanecer na Câmara, pode parar a leitura deste aqui.

Introdução
Apesar da enorme população flutuante, é exigida socialmente a transferência do titulo eleitoral para este município. Incorporam-se milhares de novos eleitores a cada eleição, mas fica uma forte e cada vez mais ampliada base de antigos eleitores, que não vão mais sair daqui. Esta base está dividida percentualmente entre o grupo do Faisal – 22 a 25% e grupo do Darci – 50 a 53%. Portanto temos ai, um resíduo de mais ou menos 25% dos eleitores em tese indecisos, mas abertos a atração por um dos grupos ou a uma interessante nova proposta. Nestas últimas eleições para prefeito, detectamos uma significativa redução da participação do grupo do Faisal, que não se transferiram para o grupo do Darci, mas votaram em outros. É um indicio tímido que o grupo atualmente no poder estaria sofrendo o desgaste do tempo, naquele momento.

Visibilidade e História
Mas o interessante é notar como os vereadores que se posicionam e acham problemas especialmente na gestão do executivo ou na ação da mineradora, logo perdem terreno e não conseguem se reeleger. Quem hoje lembra do José Dias, do Rinio, do Walmir? O povo não perdoou a ruptura com o partido, as hesitações. O caso mais recente é do Wanterlor. Primeiramente eleito pelo partido, passa a fazer oposição ao mesmo e em seguida o abandona. Mais adiante volta ao partido, deixando claro que não sabia o que estava fazendo. O que num primeiro momento atrai publico, também o afasta, porque gera opinião e demonstra como seu agente pensa e age. Mesmo Odilon e Faisal foram eleitos quando longe dos mandatos, em ações resguardadas e conciliadoras. Os vereadores que mantiveram seus mandatos na última eleição fizeram um para casa perfeita. Mas e daqui para frente? Vão repetir a lição e exemplo do (com todo o respeito e consideração que ele merece) Juca?





Ponderação
Esta percepção de ação tem que ser resguardada, minuciosa e calmamente, num processo de se expor e retrair. Toda ação enseja reação e o executivo não esta morto. Ele tem o poder nas mãos e as câmaras de vereadores não valem nada perante esta ação. Naturalmente os vereadores tem tempo demais e trabalham de menos. Sem criticas vãs, os vereadores e falo de todos, ficam perdidos du-rante quatro anos, acreditando nas suas ações assistencialistas, nesta razão abandonando seu sonho político, sua carreira. Falando de Parauapebas, não temos nenhum vereador, em quase vinte anos de política eleito para um cargo maior. Nem deputado, nem diretor de estatal, nem comissão estadual disso ou daquilo, nem apoio explicito de grandes grupos econômicos, nada. É preocupante, pois a população de uma cidade como a nossa, com tantos grandes problemas, na sua esmagadora maioria a serem resolvidos longe daqui, não conseguir eleger e manter alguém que possa lá fora falar em seu nome é preocupante. E vejam só, os estudos da Diagonal apontam para um caos nos próximos anos, em que a população chegará a quinhentos mil habitantes. Imaginem, Marabá, com muito mais historia e madura está longe disso. Não é crescimento, é inchaço, inflação. Fica a pergunta: como vamos lidar com isto?

Estudos locais
Nossos estudos mostram uma cidade cada dia mais pobre, mais jovem e iletrada. Mais ilegal e violenta. Estamos construindo, um barril de pólvora social e sinceramente não sei como podemos amenizar ou deter esta explosão, com o agravante de ser logo aqui, neste Estado com relações sociais complexas e relativamente desajustadas, alias, como todo nosso querido país, em que matar e morrer de forma violenta, são ações cotidianas e louváveis.

Conclusão
Portanto, sem motivos para participar, sem planejamento ou objetivos de médio e longo prazos, vemos uma câmara morta, sem direção e metas. Acredito que a reeleição devem sim ser desejada, mas ficam perdidas a oportunidade de excelentes pessoas, que contaram com a confiança do eleitorado, se acabarem rapidamente perante estes mesmos eleitores, por não ousarem ou desejarem algo maior em prol desta população. Como costumava falar com o Chico das Cortinas que, por hesitar, acabou entregando a carteira recheada de dinheiro que lhe foi passada. E assim será com a maioria dos senhores vereadores. Quatro anos são quatro dias. O tempo que sobra, não permite administrar projetos pessoais, a vida fica em compasso de espera. Na verdade ela pede um planejamento de carreira, com ações claras e objetivas em direção a uma meta política. Feito de ultima hora as coisas podem não dar certo e se perdem mais quatro anos.

Ponto de vista
Temos uma visão de como poderiam os vereadores se expor e em conjunto criar condições de participação e crescimento político. Em como contribuir para tornar nossa cidade melhor. Em como ter uma ação destacada na representação externa dos interesses de Parauapebas. Não se trata de estar contra este ou aquele, mas de conciliar, sair da estagnação social a que seus cargos, cuja função é representar, acaba se voltando e anulando suas pretensões maiores.
Neste momento há interesses econômicos criando novas alternativas e grupos localmente. É natural do processo político e social. Mas também trata-se de uma oportunidade que os políticos tradicionais ou novos não se encaixaram ou perceberam. Estes grupos vão representar interesses de quem?

Em busca de ação própria para a CAMARA, desde 2005 enviamos esta proposta:
Att. Srs. Vereadores

 

Entendemos que o legislativo municipal, pela sua importância no contexto da governabilidade, perspectivas d
e desenvolvimento e responsabilidade social, deva se abrir mais em direção ao povo, nesta ótica vistos como eleitores e clientes dos seus serviços.  Para criar uma situação em que a ação seja fator determinante na relação eleitor x vereador que propomos:

1 – criação do programa VEREADOR MIRIM, sucesso absoluto de aproximação com a juventude, comunidades e sociedade em geral, ocorrendo em diversas cidades e capitais do país.
2 – SERVIÇO DE APOIO SOCIAL, diretamente ligada a presidência da casa, onde seriam disponibilizados ações de assistência social a associações, encaminhamentos a empresas contratadoras, crédito popular, enfim suporte aos eleitores, num contexto de respeito, sinceridade e responsabilidade social,
3 – criação do INFORMATIVO DA CÂMARA, em formato e papeis especiais, a ser veiculado quinzenalmente, inserido nos periódicos da cidade e distribuído nas sessões,
4 – criação da REVISTA DA CÂMARA, com circulação bimestral, em formato e papeis especiais, a ser distribuída em empresas, entidades, assinantes, eleitores e sessões,
5 – implantação do DATA CLIPPING e DATA STORAGE
6 – criação do PORTAL DA CÂMARA, com informações gerais, histórico dos vereadores, documentos, legislação, assistência a distancia, comunicação, e-mail dos vereadores, interação e videoconferência plenária, com instalação de câmeras para divulgação das sessões pela Internet
7 – implantação da COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO, com orçamentos e verba próprias especialmente voltada para a imagem da casa, visando apoios e patrocínios estrategicamente definidos em função dos interesses dos vereadores,

8 – implantação, a nível interna da CÂMARA, da SECRETARIA DE ACOMPANHAMENTO ECONO-MICO E SOCIAL, visando a coleta e análise de dados para suportar as decisões a serem tomadas pelo grupo de vereadores e posicionamentos a nível de decisões econômicas de grandes grupos empresariais e do executivo municipal e estadual.

Esta proposta foi colocada para a vereadora Percilia em 2005 e para o atual presidente da Câmara, em jan2006. Sucessivamente em 2007, 2008 e agora 2009. Queremos ser ouvidos. Analisamos as ações e atitudes dos vereadores e sabemos melhorar. É preciso destacar que a cidade e sua governança não tem dados para decisão, não tem referencias para planejamento. Precisamos nos equiparar aos grandes grupos empresariais que nos circundam e ter os elementos gerenciais dos mesmos, fundamentais para nossa cidade: capacidade de decisão, planejamento, execução. É urgente e necessário termos nossos dados e mais ainda, saber trabalhá-los a nosso favor. As consultorias contratadas virão obter informações sob sigilo para cumprir seus contratos. Cabe a Câmara decidir qual jogo quer entrar e se preparar tecnicamente para isto.
Somos uma Consultoria local, com conhecimentos e capacidade para fornecer dados altamente técnicos para suportar decisões de governança. Com a vantagem de conhecedores das especificidades locais.

9 – criação do TV CÂMARA, programa mensal a ser veiculado nos canais de Parauapebas, em horário melhor conveniente aos interesses de divulgação da casa(este informativo está no ar, sem a contrapartida de créditos para nossa empresa, quando se usou outra denominação MINUTO CÂMARA.
10 – consultoria técnica em todas as áreas e assuntos de pauta. Pesquisa e banco de dados.

O conjunto das idéias e sua implementação, caso haja interesse, são da consultoria, vistas como oportunidade de desenvolvimento de negócios e inserção da Câmara Municipal de Parauapebas.

E NADA. NENHUM CONTATO, NENHUMA RESPOSTA. E ANO APÓS ANO A CIDADE SE PERDENDO, O TEMPO FLUINDO. A CADA NOVA CAMARA UMA ESPERANÇA E EM APENAS 100 DIAS A DECEPÇÃO DA NÃO RENOVAÇÃO.
FALE CONOSCO. TEMOS IDEIA E PROJETOS, PODEMOS SOMAR.





Não estamos aqui, numa cidade que escolhemos para viver, com o potencial que esta região nos oferece, lamentamos profundamente as opções que as pessoas escolhidas pela maioria fazem: cadê o Odilon, Devanir? Procurar por Euzébio ou Miquinha não precisa, sabemos o que esperar desse pessoal. Mas as estrelas de Dr. Charles e Bruno já foram esperança. Quando vejo as ações e posts desses dois, meu coração chora. Não estão preparados e não são as pessoas que esperávamos. Serão coadjuvantes de um processo histórico, porque não sonham, ou se sonham é apenas com a cadeira do executivo. Despreparados, atiram por todos os lados, na procura por um alvo. esquecem o essencial em todo e qualquer processo político: as massas. A turba ignorante e indomável que vota em aparência física mas que também quer resultado. Que vende seu voto mas quer retorno. Como podem estes vereadores não conhecer a cidade e suas mazelas? Será que não habitam esta imensa favela? Nunca precisaram tomar um banho, ser atendimento no hospital municipal ou se tem filhos no turno da fome. Como admitem que as crianças e adolescentes ainda transitem de uniforme a qualquer hora pela cidade? Será que não tem filhos ou eleitores em sala de aula sem professores, comendo na merenda, biscoitos ou produtos industrializados? Como não pediram a revisão das licenças de loteamento da Buriti, da Nova Carajás, ou das dezenas de novos loteamentos nesta cidade. E o hospital municipal, ainda quantos anos serão necessários para sua conclusão. Não poderíamos antecipar uma revisão dessas compras que o executivo anterior deixou? Porque será que estão falando de Karate, de visitas a rua 14, de escolas profissionalizantes ou de placas de rua? Não sabem que vivemos numa cidade de 260 mil habitantes sem nenhuma máquina de hemodiálise? E percebem que estão ajudando a vender nosso futuro? O que será do amanha? 

É preocupante a permissão da construção de grandes edifícios, com a velocidade que se esta construindo em Parauapebas. Numa cidade com tanto terreno para edificações pequenas, que não demandam tanto aparato publico, como e quem permitiu estas construções que funcionam mais pela ignorância dos compradores do que pela necessidade real da sociedade. Se houver um incêndio, de quem será o responsável pelas mortes e perdas materiais? Quem fará a coleta do esgoto? O revestimento interno vai agüentar as elevadas temperaturas do verão, quando, pela insolação simples, poderá chegar a mais de 50º graus internamente. De quem e como será a manutenção dos elevadores? Qual será o custo anual desses grandes edifícios para a prefeitura. Quem esta comprando deveria se  preocupar com o pos compra. Estes edifícios são como bairros verticais, sobrecarregam o espaço publico no seu entorno. Não são solução para a cidade.




Mas o assunto mais serio e que colocam todos numa mesma cesta de incompetência e despreparo é o silencio vergonhoso sobre a atual gestão executiva. Ninguém com cargo público tem obrigação maior de ter uma posição, de fazer algo que os vereadores. Porque  estão tão quietos vendo Parauapebas se fragmentar na gestão de Valmir da Integral? Certo que ainda é cedo, são apenas 160 dias, dos 1460 desse mandato. Mas o futuro é determinado pelo presente. E não temos presente neste momento para Parauapebas: a câmara municipal, é conivente neste processo e responderão, mais cedo ou mais tarde, por esta omissão, esta flagrante irresponsabilidade.