sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A MAIOR CRISE POLITICA E ECONOMICA. OPORTUNISTAS DE CARTEIRA, CADE NOSSOS POLITICOS?





A câmara de vereadores, não se posicionado conquanto casa de lei em relação aos acontecimentos policiais contra o executivo, demonstra que é apenas isto – parte do esquema fraudulento que permeou este últimos anos a política e a ação executiva em Parauapebas.


Interessante notar que, a ação pública, aberta  e escandalosa da policia federal, isolando salas, colhendo documentos, investigando as ações administrativas que podem resultar  em crimes com prisão em regime fechado para o prefeito municipal e secretários de governo, não tenha provocado nenhuma comunicação dos candidatos, nenhum posicionamento formal ou oficial da classe política de Parauapebas e sua elite econômica. É interessante, no mínimo a população deve por as barbas de molho. Vem mais policia ai, vem mais crimes ai, vem mais sacanagem contra nossa confiança por ai. 

Porque eles não emitem comunicados, não tomam posição, não se exponhem? Todos estão seguramente esperando  dinheiro para suas campanhas. Apoio do prefeito. Um apoio que não poderá vir. Não tem mais de onde tirar. Não se tem contratos, e há o pedido de suplementação orçamentária, que os vereadores jamais poderão permitir. É a maior crise da história política e econômica  de Parauapebas. Conduzida por políticos velhos, cujas campanhas apenas repetem refrãos antigos, sampleados ou feitos por falsos poetas, tão fakes como os próprios, não saberiam mesmo se posicionar sobre fato histórico e pitoresco da nossa cidade.

É a primeira vez em 26 anos que a policia toma de assalto a sede do poder municipal e leva documentos. É a primeira vez, em 26 anos que a policia, não qualquer policia, mas a policia federal, avança sobre a cidade e sequestra documentos e evidencias que podem levar a prisão o chefe do executivo municipal. Será que todos se deram conta que não podemos mais permitir ou fazer política como antigamente na rica capital do minério? 

Crimes foram perpetrados contra a coisa pública. Valmir, na sua inocência de primeiro mandato cedeu aos grupos próximos que ativamente trabalharam contra seus antigos aliados. Isolado por dentro de casa e por dentro do poder, o prefeito, desconhecendo as armadilhas, deu guarida para o principal articulador delas que ainda vai responder, o Sr. Vanterlor, Sr. Marconi e asseclas. Esta tragédia que se abate sobre este governo, é a tragédia geral da cidade de Parauapebas, de todos os políticos que aqui fazem seu métier. Novos métodos precisam ser inventados. Este silencio bem diz o que sentimos: perplexidade ou comunhão. Alguns estão ainda perguntando, como vamos tirar vantagem. Não há mais vantagens a serem buscadas. Com estas investigações o cofre secou. Valmir não é louco de prometer mais, de dar mais o que já não se tem. Os contratos vigentes serão auditados, é uma questão de tempo, de pouco tempo.

É o momento das forças políticas pararem e refletirem o que queremos para nossa cidade. O que queremos para nossos filhos e  futuro. Da forma como está, todos os políticos e lideranças que estão caladas, usando o silencio como escudo, são na verdade cúmplices de uma historia, de uma situação e momento que definitivamente não queremos mais para nossa cidade.

É momento sábio para a campanha do candidato do governo parar. Senão fica parecendo um trocadilho com as massas, com a população sofrida, humilhada nos postos de saúde e nas filas de Parauapebas. Não se pode apoiar candidatos, tentar publicamente promover alguém, com as barbas de molho, com a policia no seu encalço, investigando. Se fosse apenas a policia. Mas temos o MPF, o MPE, os  grupos independentes, o Tribunal de Contas, todos os insatisfeitos e/ou traídos por este governo e pelo afã de Valmir da Integral em fazer mais rápido, em rasgar as leis, em atender grupos que apearam de paraquedas no seu governo. Em decidir sem razão, de fazer sem compreender  o que se estava fazendo, em ouvir grupos de fora, sempre safos, sabidos demais e sábios de menos. Todos vão tirar o corpo fora. Ficará apenas Valmir da Integral e sua chance histórica e divina de reparar erros e exageros de uma vida inteira.

Quando alguém muito próximo a ele, uns vinte dias após a posse e percebendo o afastamento e a posse exacerbada que ele teria desse cargo transitório, me procurou para “tirar o prefeito”. Meu conselho foi, dê-lhe o beneficio da dúvida, poderá ser  o maior governo da nossa historia. Não fosse as ilegalidades, um trabalho pautado pelo ilegal, Valmir teria sido o maior mandatário dessa província. Agora tropeça nos próprios passos. É uma pena, mas precisa compreender que precisa sair e sobreviver. Não tem mais governo, os antigos aliados ficarão muito caros, aos poucos  o que resta de sua autoridade vai esvair-se entre os dedos. As investigações, pelo volume das denuncias e evidencias, vão acabar respingado em todos seus aliados e, pela nova lei da corrupção, empresários envolvidos serão chamados, poderão ter suas empresas encerradas, há pena de prisão, de privação da liberdade. Nestes dois anos de governo, foram perto de 2 bilhões de reais gastos, significativo volume utilizado sem o necessário processo licitatório. A situação é muito seria, precisa de um gabinete de crise e não ficara impune, foi-se muito longe nos exageros praticados.

Se a câmara de vereadores não se posicionar, a comunidade tomara providencias, vereadores serão destituídos e presos. Logo a imprensa nacional e internacional estará aqui, quando se fazer a conexão da VALE em negócios com esta gestão – a ampliação da estrada, os investimentos da VALE aqui. Quando seu Conselho de Administração souber, cabeças vão rolar em Carajás e Rio. Logo os investidores internacionais estão a par dos acontecimentos e haverá pressão investigatória. As imagens da reunião do Murilo Ferreira com Valmir vão ganhar manchetes e se discutirá o envolvimento da empresa com a gestão local.

Os mais afetados serão os vereadores sem posicionamento, que estão aproveitando das fragilidades de Valmir. Estes serão julgados por seus pares e seus eleitores. Pelo seu silencio covarde, pela sua ignomínia. Colocando cargos que ocuparam temporário e precariamente, a soldo do desgoverno e da corrupção, agora escancarada. Não será um cenário de paz. Para ninguém. Lamentamos profundamente.
Finalmente Valmir estará sendo julgado pela sua covardia, hesitações e “maldades”. Não muito piores do que, as “maldades” daqueles que o cercaram e se julgaram reis blindados, acima de qualquer ustiça ou ação cotidiana.