quarta-feira, 27 de junho de 2018

Houve um tempo nessa cidade sitiada


HOUVE UM TEMPO










A redução das oportunidades aparentes de Parauapebas não sensibilizou o coração dos vereadores e das autoridades ou lideranças oficiais. Continuaram covardemente a fazer petições inúteis, a tentarem intervir em áreas limítrofes, a se submeterem ao judiciário nas suas ações.

As oportunidades precisam serem criadas e temos enormes e definidas dificuldades de avançar sobre o mundo, desmontar crenças e atitudes viciadas. Me espanta a acomodação dessas pessoas que, contando com todos os recursos milionários disponibilizados principalmente pela mineração, não conseguem sair de sua zona de conforto e buscar a inovação e o contraditório.

A greve dos caminhoneiros, um locaute descarado sequer foi comentado por nossas autoridades. Seu resultado nefasto sobre as finanças populares sequer foram mitigados por um posicionamento popular contrário por exemplo, ao aumento exorbitante no preço do gás, que salto de uma vez, vinte reais.

Nada. Qualquer esforço para baratear itens alimentícios, haja visto vivermos numa cidade em serio contingente alimentar, não foi percebido. Vivemos como se nada que ocorre no resto do pais nos afete. É a cidade dos sonhos dos zumbis!

Ao não se apresentar frente aos momentos que forçam o pais a se reinventar, nossas autoridades cegam por completo quanto a violência crescente e preocupante, a inoperância da policia e da justiça local, aos juros escorchantes cobrados de financiamentos de veículos e habitacionais, aos pagamento impossíveis obrigados a uma população desempregada e ainda em lenta retirada. Os líderes não podem oferecer nada além de pantomina e silencio.

Cabe a um movimento social crescente, organizado e preparado uma esperança. Esperamos que os repasses dos vereadores não vire caso de polícia contra essas entidades que acreditam fazer algo pela população cada vez mais desanimada, desamparada e solitária.

Uma câmara de vereadores, se quiser trabalhar e olhar para o futuro, pode fazer muito, pode impor uma agenda legislativa e popular de transformações e exploração de potencialidades muito além do mineiro e do silencio ultrajante mascarado de petições e pedidos miseráveis de obras ao prefeito. E de cargos e de ocupações executivas. Mas vivemos câmaras legislativas que não enxergam, teimosamente não olham para o futuro.

ESSE texto é uma singela homenagem aos ex-vereadores Juca e Ribamar Leite

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Não esta à venda mesmo


Movimento sindical e CNT comemoram saída de Parente 

Publicado em 01/06/2018 - 17:22

Por Akemi Nitahara, Elaine Patricia Cruz e Vinicius Lisboa - Repórteres da Agência Brasil Rio de Janeiro e São Paulo





As duas maiores centrais sindicais do país comemoraram hoje (1º) o pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. Em nota, a Força Sindical afirmou que “a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente, só trará benefícios para a sociedade brasileira”. Segundo a central, Parente “prejudicava a classe trabalhadora”.

Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmou, em seu site, que a queda de Pedro Parente demonstraria a vitória dos petroleiros (que suspenderam a greve ontem). Para os sindicatos e federações ligados à CUT, Parente foi o “responsável pelo caos que se instalou no país com a paralisação dos caminhoneiros”.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que defendeu em greve a substituição de Parente, disse ter visto com “alívio” o pedido de demissão, segundo o coordenador da entidade no Rio de Janeiro, José Maria Rangel. Ele defendeu mudanças na política de preços por considerá-la danosa ao país. Segundo ele, não adianta a Petrobras ter lucro bilionário, enquanto os brasileiros pagam caro pelos combustíveis. Rangel lembrou que o Brasil tem importado óleo diesel dos Estados Unidos, enquanto as refinarias do país estão ociosas.

O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Felipe Coutinho, também avaliou que a política de preços baseada no mercado internacional é prejudicial não só à população brasileira, mas também ao governo e até à própria Petrobras. Coutinho afirmou ser preciso acompanhar as últimas medidas do governo sobre o diesel para ver se não há risco de continuarem, na sua avaliação, a favorecer importadores.

Empresários

A Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa os empresários do setor, divulgou nota em que considera “muito positiva” a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. “Parente foi o maior responsável pela crise que o Brasil enfrentou com a greve dos caminhoneiros. Nada justifica os preços abusivos do diesel praticados pela empresa nos últimos meses”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.

Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, lamentou a saída de Pedro Parente. Em nota, ele destacou que a empresa teve uma valorização de mercado de R$ 200 bilhões durante a gestão de Parente, que "trouxe esperança para o mercado de petróleo e gás". Ele disse ainda esperar que o próximo gestor dê continuidade à retomada da recuperação da Petrobras.

Edição: Juliana Andrade



EXCLUSIVA: esse texto demonstra claramente para que serve a classe política desse pais, trabalhar contra o povo e a favor de interesses outros. Nosso caso local ilustra bem tudo. Acomodados com o que as mineradoras repassam para a cidade, não avançamos na imposição de uma política local de mineração, numa legislação e adequação das leis federais a nível do legislativo e executivo locais.  Trabalham também pelo interesse das mineradoras e do capital estrangeiro nelas, além dos importadores. Interesse é o porquê ninguém aqui interessa pelo que exportamos. Se 3 a 5 por cento da massa embarcada são minérios de alto valor porque não sabemos o que é?