OS
COVARDES
SILENCIAM
Ante
o crescimento do desemprego e o domínio da fome e desespero, alguns ainda levam
vantagem e outros nem são atingidos. A tragédia
social que se abate sobre Parauapebas não é percebida como ameaça a estabilidade
politica e aos interesses imediatos de quem é realmente dono dos destinos de
todos aqui. Esquecem que as massas tem sua profundidade.
O
IMPRESSIONANTE SILÊNCIO E INAÇÃO DOS QUE PODEM FAZER algo não para solucionar,
porque não tem jeito no curto e médio prazos, mas para resolver a questão do
desemprego, da fome e miséria que se abatem sobre Parauapebas é terrível.
Uma
nação de egoístas, desinformados e incapacitados lideres, agentes políticos e econômicos
permitiram que se chegasse até aqui: um desemprego estrutural, de longo prazo e
destruidor de esperanças. Que os movimentos sociais rebelados e no silencio –
porque a imprensa local comprometida e paga PELOS AGENTES POLITICOS NÃO NOTICIAM,
também ignoram a real dimensão ainda escolhendo com quem falar ou acreditando que este ou aquele candidato tenha solução. Não
tem e nem estão capacitados para conversar. Ainda não entenderam a extensão do
problema ou o ignoram.
Temos
os fundamentos e o pensamento estratégico para o enfrentamento da crise. Já reunimos
com CDL, alguns candidatos a prefeito, parte dos vereadores – diga-se de
passagem, apenas o vereador Charles se
preocupou e se dispôs a fazer algo, esta na sua posse alguns projetos de lei
que deveriam ter sido aprovados ano passado para mitigar – digo apenas mitigar
a enorme e definitiva crise que se abate sobre Parauapebas.
O
cenário é realmente de fim de mundo. Ouvindo noticias da mega siderúrgica de
Marabá quedei pensando que esta empresa pode ajudar na sobrevida daqui. Sobrevida, porque estamos
assistindo os lances finais de uma comunidade que se achava grande:
Nos
próximos anos teremos a redução da população em quase 50%. A atividade econômica
esta deteriorando rapidamente. Numa reunião na CDL, todos os empresários pretendiam
tirar seus negócios daqui. Ninguém acredita em nada, não temos lideres ou massa
critica competente o bastante para
empolgar reativas ou soluções.
Não
há soluções no curto prazo, no tempo da fome, a não ser as famigeradas frentes
de trabalho, que deveriam atender mais ou menos dez mil trabalhadores. Propus ao
prefeito ainda em 2013 que preparasse orçamento para estas frentes, porque esta
crise não é um fato isolado nem foi imprevisível.
A VALE é apenas um vetor. Nossos estudos sabiam de sua irreversibilidade ainda
em 2013, quando publicamos MOMENTO REESTRUTURANTE, justamente onde apontamos o
maleficio e a extensão da bancarrota.
E
não depende do prefeito. Não depende da VALE, não depende dos sindicados ou dos
vereadores.
Depende
sim do conjunto de fatores e da decisão de se enfrentar esta situação com competência
e determinação. Dois artigos raros e difíceis de encontrar numa terra de
corrupção, sem vergonhice e esperança.
Sabemos
que podemos ajudar e muito. Fomos os primeiros a acusar esta crise, ainda nas paralisações
da portaria em 2011, alguém lembra?
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