domingo, 6 de março de 2016

O desespero dos desempregados finalmente vira noticia




OS COVARDES
SILENCIAM


Ante o crescimento do desemprego e o domínio da fome e desespero, alguns ainda levam vantagem e outros nem são atingidos.  A tragédia social que se abate sobre Parauapebas não é percebida como ameaça a estabilidade politica e aos interesses imediatos de quem é realmente dono dos destinos de todos aqui. Esquecem que as massas tem sua profundidade.












O IMPRESSIONANTE SILÊNCIO E INAÇÃO DOS QUE PODEM FAZER algo não para solucionar, porque não tem jeito no curto e médio prazos, mas para resolver a questão do desemprego, da fome e miséria que se abatem sobre Parauapebas é terrível.
Uma nação de egoístas, desinformados e incapacitados lideres, agentes políticos e econômicos permitiram que se chegasse até aqui: um desemprego estrutural, de longo prazo e destruidor de esperanças. Que os movimentos sociais rebelados e no silencio – porque a imprensa local comprometida e paga PELOS AGENTES POLITICOS NÃO NOTICIAM, também ignoram a real dimensão ainda escolhendo com quem falar ou acreditando  que este ou aquele candidato tenha solução. Não tem e nem estão capacitados para conversar. Ainda não entenderam a extensão do problema ou o ignoram.

Temos os fundamentos e o pensamento estratégico para o enfrentamento da crise. Já reunimos com CDL, alguns candidatos a prefeito, parte dos vereadores – diga-se de passagem, apenas o  vereador Charles se preocupou e se dispôs a fazer algo, esta na sua posse alguns projetos de lei que deveriam ter sido aprovados ano passado para mitigar – digo apenas mitigar a enorme e definitiva crise que se abate sobre Parauapebas.

O cenário é realmente de fim de mundo. Ouvindo noticias da mega siderúrgica de Marabá quedei pensando que esta empresa pode ajudar  na sobrevida daqui. Sobrevida, porque estamos assistindo os lances finais de uma comunidade que se achava grande:
Nos próximos anos teremos a redução da população em quase 50%. A atividade econômica esta deteriorando rapidamente. Numa reunião na CDL, todos os empresários pretendiam tirar seus negócios daqui. Ninguém acredita em nada, não temos lideres ou massa critica competente  o bastante para empolgar reativas ou soluções.

Não há soluções no curto prazo, no tempo da fome, a não ser as famigeradas frentes de trabalho, que deveriam atender mais ou menos dez mil trabalhadores. Propus ao prefeito ainda em 2013 que preparasse orçamento para estas frentes, porque esta crise não é um fato isolado  nem foi imprevisível. A VALE é apenas um vetor. Nossos estudos sabiam de sua irreversibilidade ainda em 2013, quando publicamos MOMENTO REESTRUTURANTE, justamente onde apontamos o maleficio  e a extensão da bancarrota.

E não depende do prefeito. Não depende da VALE, não depende dos sindicados ou dos vereadores. 

Depende sim do conjunto de fatores e da decisão de se enfrentar esta situação com competência e determinação. Dois artigos raros e difíceis de encontrar numa terra de corrupção, sem vergonhice e esperança.

Sabemos que podemos ajudar e muito. Fomos os primeiros a acusar esta crise, ainda nas paralisações da portaria em 2011, alguém lembra?


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