quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A destruição continua...

PERPLEXIDADE!
A destruição Parauapebas continua... caberá ao próximo prefeito, sendo de fora dessa armação, reconstruir e renovar a cidade.








Com o JUDICIARIO e o LEGISLATIVO sob controle, o EXECUTIVO de Parauapebas segue com total liberdade para praticar falcatruas e seguir impune, enlameando esses comparsas de hoje, que resolveram  pagar amanha por suas ações – ou falta delas. Quando eu falava nas reuniões de “oposição” que Valmir era resiliente, era o mais perfeito lobo vestido de cordeiro alguns duvidavam. Esses sucumbiram ao charme e poder de persuasão de Valmir, alguns perderam a liberdade e o capital politico, outros perderão a honra e a grandeza de suas carreiras – talvez que seriam brilhantes – não tivessem atravessando o caminho do meliante prefeito.

Falo de jovens com potencial futuro, tanto no judiciário quanto no legislativo. Estão se perdendo ao se tornarem cumplices de desmandos, crimes vulgares, erros grotescos e muita malandragem. Poderiam se perguntar porque o TCM, a PF, o GAECO, o MPE, a CGU, o DENASUS e brevemente o MPF, o TCU se colocaram na frente de investigação e intervenção, buscando documentos, invadindo casas e prédios públicos, prendendo, sim prendendo suspeitos de dentro desse governo.

O próprio Tribunal de Contas do Estado já julgou ilegais 9.082 contratos temporários dos quase 10% da população da cidade contratados criminosamente. Atos secretos são praticados como se nós, donos do dinheiro que os paga, não tivéssemos o direito de saber como esta sendo gasto. A despeito da LEI DA TRANSPARENCIA, a despeito de qualquer lei ou legislação.

Na verdade nunca se viu um judiciário local tão omisso, tão servil e silencioso. A despeito de tudo.

Agora mesmo, com a auditoria do DENASUS vasculhando as contas da SAUDE, cerca de dez auditores focados em diversos setores, ainda assim se comenta e se relativiza a ação dos fiscais, cujos fiscalizados estariam sob forte blindagem jurídica e politica. Até mesmo o novo chefe do gabinete já gritou aos quatro ventos que investigações locais somente daqui a dez anos. Estão tranquilos e confiantes a ponto de estarem já em campanha de reeleição para 2016! Como são ousados e seguros! Não importa nada.

Quanto ao LEGISLATIVO, destruído de forma ensaiada e programada com a preciosa ajuda do JUDICIARIO que julgou e condenou os “rebeldes” por sua conta e risco, causando enormes prejuízos morais e financeiros a pessoas que também foram eleitas e que, a rigor, salvo a confissão de Odilon e o infeliz e cantado flagrante de Arenes, não tinham e ainda não tiveram nada provado contra elas. Foram justamente os vereadores que poderiam mudar de lado, que eram lideres ou aqueles de oposição esclarecida que foram presos, acusados ou forçados a mudarem de lado. Por um ou outro motivo, forçados. E que logo, como Pavão já percebe no SAAEP, compreendam que o mar não esta pra peixe.

Esperamos a justiça de Brasília. O que de justo puder acontecer, não virá da capital, Belém. Será de outra capital, talvez fora do alcance desse poder boquirroto e grosseiro exercidos por pessoas pequenas que se julgam grandes demais, inalcançáveis demais. Poderiam e deveriam colocar as barbas de molho.


Mas por tudo não DARCI LERMEN novamente. Não! As massas sempre enxergam no ultimo prefeito, a redenção para a incompetência do prefeito presente. Darci e Valmir são a mesma pessoa, a mesma forma de prevaricar, o mesmo atraso. Não ganhamos nada com o retorno do Darci. Cujos crimes foram iguais ou maiores que os crimes praticados por Valmir da Integral, que manteve o mesmo modus operandi e até as mesmas pessoas de Darci, nos mesmos cargos  e espaços.  Hoje acredito num acordo de bastidores entre ambos para derrotar o grupo do COUTINHO. É cada dia mais claro a armação. Que seria desfeita apenas com a reprovação das contas de DARCI por estes vereadores submissos atuais. Vamos ver.

sábado, 21 de novembro de 2015

As dores de uma cidade traída.

SUBMISSAO
A trágica situação da Câmara de Vereadores de Parauapebas, na sua maioria serviçais e subordinados ao destrambelhado prefeito Valmir da Integral.













As recorrentes saídas e passeios do prefeito de Parauapebas e séquito de vereadores não passa de demonstração publica que tudo vai bem. Mas não vai não. Se a justiça federal  afastar ou mesmo decretar a prisão dele, este controle sobre a câmara não se manterá. Simplesmente porque não acredito que tal poder é total assim. Tem um custo manter um prefeito que cometeu tantos deslizes, fez tantas estripulias, ignorou decisão judicial. Vereadores também são pessoas que estão sob julgamento da opinião publica.
Seria hilário e não fosse trágico. Péssimo sinal para o futuro de Parauapebas. E amanha, se ninguém for punido, quem tomara o poder nesta cidade? Qualquer um?

Os vereadores devem prestar atenção em seus atos. Esta demonstração publica de que estão acompanhando o  prefeito não é saudável para seu futuro politico. Seus eleitores não aprovam a covardia e a submissão. A situação não esta assim, tão sob controle, seria ignorar ou até desfazer do judiciário. Deveriam pensar que até Marcelo Odebrecht esta preso. Que o dono da UTC ficou preso. Que há vários políticos de peso sendo presos e até hoje o tesoureiro do  PT esta preso.


A ostentação de que estão ao lado do prefeito esta na verdade limitando ainda mais seus horizontes politico. Dentro em pouco não servirão para mais nada.

Realmente estamos jogando fora dinheiro publico. Eleitos para fiscalizar, aderem a gastança, se associam ao fiscalizado. Rasgam a lei e invertem a ordem.


Esta submissão do Legislativo, forçada em parte pela submissão do Judiciário local é um grande e grave erro. Há crimes, há investigação, poderiam ao menos esperar para tomarem partido. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Devastação, destruição: a força do capital



Tragédia 11/Nov/2015 às 16:47


 
Autoridades de Parauapebas, sociedade: parem de fingir que isto nao é conosco. Se no centro do Brasil isto aconteceu imaginem aqui, nestes fundões. Ha tragedia semelhante acontecendo neste momento entre nós: a construção da ferrovia por exemplo. Rasgando a cidade ao meio, cortando morros, explodindo nascentes, esgotando lagoas de água, destruindo referencias humanas e antropologicas, ignorando indigenas. E o pior, esgotando as aguas subterraneas de Parauapebas, ao insistir em manter uma mina de ferro gigantesca e cara, oeprando abaixo do nivel do mar. Ignorando completamente as desgraças, limitações e apoiando um grupo corrupto no poder, a VALE da as cartas do seu DNA. Uma predarora insensivel e apenas focada em gerar "valor" para seus sócios estrangeiros. Nao precisamos nos iludir, é para o exterior que vai tudo. Cabe a nós brasileiros o rejeito, a escoria, as lagoas de rejeitos, a destruição descontrolada da floresta, de comunidades indigenas e ribeirinhas, as sociedades incipientes que sua promessa de "qualidade de vida" faz surgir. Sem água Parauapebas esta agonizando ha anos e todos fingem nao perceber. Ha noticias de poços artesianos contaminados com cobre e até uranio aqui. Sem falar nas lagoas de rejeitos que estao ai, nas bordas das cidades, no seio da floresta. Capazes de causarem devastação ainda maior e sem controle, sem vigilancia. Será que merecemos tudo isto? Os vereadores, por iniciativa do Dr. Charles propuseram uma CPI DA VALE. Precisamos como sociedade e como cidadãos dessa investigação urgente e imparcial. Quero ter a esperança de que os vereadores nao cedam, nao se vendam e que busquemos as reparações urgentes e necessarios que a VALE nos deve. E das proteções que sua LICENÇA AMBIENTAL CONDICIONANTE a obriga cumprir e que nao sabemos quais são. QUEREMOS SABER de quem sao as LICENÇAS AMBIENTAIS que a permitiram construir esta ferrovia estupida dentro de Parauapebas, quem autoriza as explosões, com que autoridade esgota manaciais e compromete a fluidez do RIO PARAUAPEBAS ao explodir sua nascente para vender o minerio do S11D. Leia mais em  arcadiapbs.blogspot.com



Por trás da lama da Samarco afirma-se o gosto amargo de um jornalismo subserviente, a serviço do mercado. Ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos. Primeiro enumeremos os donos: já se sabe que 50% da Samarco pertence à Vale. E a quem pertence à Vale? Esse capítulo, que costuma ser omitido, merece uma atenção especial.



 A lama da Samarco e o jornalismo que não dá nome aos bois (Pragmatismo Político)





Alceu Luís Castilho, Outras Palavras
Por trás da lama da Samarco afirma-se o gosto amargo de um jornalismo subserviente, a serviço do mercado. Dezenas de pessoas estão desaparecidas em Mariana (MG). Entre elas, crianças. O vídeo abaixo mostra como era o cotidiano de um povoado destruído. Mas a maior tragédia socioambiental brasileira do século XXI  já começa a ser soterrada pelos jornais, após uma cobertura protocolar. Da lama à ordem: ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos de executivos e de membros do governo. Com a clássica blindagem dos sócios da empresa.

Primeiro enumeremos os donos. Já se sabe que 50% da Samarco pertence à Vale, a Vale que tirou o Rio Doce de seu nome e nele despejou lama tóxica. A outra metade pertence à anglo-australiana BHP Billiton, uma fusão da australiana Broken Hill Proprietary Company com a inglesa (radicada na África do Sul) Billiton, atuante nas veias abertas do Chile, Colômbia e Peru (onde tomou uma multa ambiental de US$ 77 mil após contaminação por cobre), no Canadá, Reino Unido e nos Estados Unidos, na Argélia, no Paquistão e em Trinidad & Tobago. Já protagonizou na Papua Nova Guiné uma contaminação fluvial histórica. As maiores mineradoras do mundo.

E a quem pertence à Vale? Esse capítulo costuma ser omitido, quando se fala de impactos sociais e ambientais. A empresa é controlada pela Valepar, com 53,9% do capital votante (1/3 do capital total). Com 5,3% para o governo federal, 5,3% para o BNDESpar, 14,8% para investidores brasileiros, 16,9% na Bovespa e 46,2% de investidores estrangeiros (este percentual cai para 33,9% no caso do capital total). De qualquer forma já temos que a Samarco – com a metade anglo-australiana e com esses investidores estrangeiros da Vale – tem mais da metade de suas ações nas mãos de estrangeiros.
E quem manda na Valepar, que controla a Vale? 1) Fundos de investimentos administrados pela Previ, com 49% das ações; 2) A Bradespar, do Bradesco, com 17,4%; 3) A multinacional Mitsui, um dos maiores conglomerados japoneses, de bancos à petroquímica, com tentáculos na Sony, Yamaha, Toyota, com 15%; 4) O BNDESpar, com 9,5. (Ignoremos os 0,03% da Elétron, do Opportunity e seu onipresente Daniel Dantas. E registremos que, com a Mitsui, aumenta ainda mias a participação de estrangeiros na Samarco.)

BNDES? Previ? Mas por que, então, a imprensa acostumada a fustigar o governo federal não fiscaliza com mais atenção a Vale, símbolo da privatização a preço de banana? Simplesmente porque não tem o saudável hábito – a imprensa brasileira – de fiscalizar corporações. E porque essas instituições não estão sozinhas. Porque tem a Mitsui, o Bradesco – o bilionário Bradesco. Com um governador petista dando entrevista coletiva na sede da Samarco. (O capitalismo não é para amadores.) Não há um acompanhamento sistemático do custo social e ambiental das aventuras plutocratas, sob governos de siglas diversas. Pelo contrário: o que há é um marketing despudorado.

EXECUTANDO ADVÉRBIOS

Essa rede de donos da Samarco manifesta-se por meio de um jovem executivo, Ricardo Vescovi. Os gerentes de crise da empresa tiraram o site do ar (sabe-se lá com quais informações) e divulgaram esse vídeo do presidente no Facebook. Com seu milagre de multiplicação de advérbios insossos e pronomes totalizantes, insensíveis aos dramas dos mineiros. “Lamentavelmente”, “imediatamente”, “absolutamente todos os esforços” em relação ao “ocorrido”, “todas as ações”, “todos os esforços”, “igualmente não medindo esforços”, “todo apoio”, “toda solidariedade”, “lamentamos profundamente” o “acontecido”.

Os mais desavisados poderão até ficar com dó do pobre coitado. Ainda mais após as declarações do governo mineiro de que a Samarco foi “vítima” do rompimento da barragem. E após jornalistas irresponsáveis replicarem notícias sobre “tremores de terra” que acontecem todos os dias. Muito embora a empresa já soubesse, desde 2013, que a barragem – como outras pelo país que ainda não desabaram – estava condenada. E que essa não tenha sido a primeira tragédia em Minas Gerais. São esses mesmos jornais que não se furtam a cobrir, de forma reverente, o que as empresas chamam de “sustentabilidade”, “responsabilidade social e ambiental”.

Alguém poderá argumentar que um jornal da grande imprensa, o Estadão, divulgou notícia sobre o laudo de 2013 que mostrava os problemas estruturais na barragem. Sim. Em 2015. Mas cabe lembrar que uma ou outra notícia isolada após uma tragédia está longe de caracterizar a cobertura crítica de um setor econômico. Se o tema não se mantém na manchete (passou longe disso, neste domingo, nos principais jornais do país), em artigos recorrentes, editoriais sistemáticos, não há o agendamento político efetivo – e sim o convite ao esquecimento. E à impunidade. (Quem vai fazer uma Operação Lava Lama?)

IMPRENSA DOS VENCEDORES

Essa mesma imprensa se esquece também de contar ao leitor que existe um choque entre modelos de apropriação do território e dos recursos naturais. O vídeo da TV Cultura sobre a comunidade destruída mostra – ainda que com uma abordagem que privilegia o exótico – um modo de vida bem diferente, onde as moradoras vão na casa das outras, plantam-se pimentas no quintal e se produz geleia, coletivamente, em uma associação. Uma lógica econômica muito diversa da predação extrativista – e esgotável – protagonizada pela Samarco, esse nome amorfo emprestado a dois expoentes do capitalismo mundial. Quem disse que há consenso?

Existem movimentos sociais específicos de atingidos pela mineração, ou atingidos pelas barragens. Até mesmo de atingidos pela Vale. Por que não se dá voz a essas pessoas? Se nem após os desastres isso acontece, o que se dirá do dia a dia?  Porque os cadernos e até revistas especializadas são de “negócios”, como se esses negócios pudessem pairar (numa sociedade democrática) acima dos interesses dos cidadãos. Por que os calam? Por que essa censura? Por que a destruição de uma comunidade inteira e de um ecossistema não comovem? Porque esse jornalismo é situacionista, economicamente situacionista. Torce para os vencedores.

Os mais eugenistas nem se constrangem em dizer que aquelas populações não deviam estar ali – deviam abrir alas para a distinta mineradora. Como se fosse um bem infinito para o país o esgotamento de seus recursos minerais. Não se questiona o modelo e nem suas conexões com outros temas: a falta d’água, o crescimento e a falta de infraestrutura das periferias urbanas, inchadas também pela expulsão das populações tradicionais. Faz-se tudo menos um jornalismo sistêmico, que consiga olhar para temas simultâneos, para tendências econômicas e para o clima, para a desigualdade e os riscos ambientais. Com nome aos bois (ou aos caranguejos), o nome dos beneficiários. Quem ganha com isso?

NATURALIZAÇÃO

De um modo geral o efeito obtido no caso de Mariana é o de naturalização de uma matança e de um crime ambiental histórico. Como não houve chuvas, inventa-se um terremoto. A morte horrível de moradores e a destruição de um povoado por uma empresa ganham, no máximo, uma cobertura similar à das tragédias em São Luís do Paraitinga ou Petrópolis (fruto também da especulação imobiliária), ignorando a cadeia de sócios, os interesses políticos em torno das mineradoras ou o risco estrutural que esse tipo de exploração impõe ao ambiente, aos trabalhadores e vizinhos, bola pra frente que em janeiro teremos “outras enchentes”. Como se fizesse parte do sistema ser soterrado por uma lama tóxica enquanto se planta alface.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook