terça-feira, 7 de abril de 2015

em Parauapebas, as terças...

O JOGO DO FAZ DE CONTA



Cidadãos da segunda cidade mais rica e mais importante internacionalmente do isolado estado do Pará esta sendo enganado, ludibriado e humilhado pelas ditas “autoridades” locais. Com o afastamento do milionário prefeito local, a vice foi empossada e tudo não passou de uma brincadeira. Valmir da Integral continua firme, dando ordens, assinando pagamentos, escolhendo quem paga e etc. e tal. Não houve transição. A dita “oposição” apenas malogrou um ensaio de rebeldia que na prática não redundou em nada. Tiveram seus passes valorizados por decisões atabalhoadas de alguns, e agora estão sendo negociados aos milhões. Evidencias fartam das  negociatas, mas como falamos no inicio, não há quem neste estado ouse desafiar o estado de coisas.

Quem desafia morre, como o saudoso presidente da OAB Parauapebas – Dr. Jackson, que se foi, violentamente assassinado, num claro crime de aluguel e já estão todos esquecendo de sua luta. Revoltante. Pior ainda, as conclusões da policia do Amazonas, que segue a linha de latrocínio. É, mais um, mais um. Já ouvi isto antes na história dessas “autoridades”. Seus desafetos são mortos a mando, mas a policia acoberta como latrocínio. É muito fácil matar no Brasil. A vitima acaba sendo o culpado. Dos cinquenta e oito mil assassinatos ao ano, apenas uns  quatro mil são elucidados. Uma policia que não investiga, não busca provas, não pensa. A memoria desse  amigo, este advogado que tanto serviu a esta cidade, Dr. Jackson merece mais respeito, ao menos uma elucidação e aos culpados a cadeia.

Mas voltando as “autoridades”, diga-se de passagem, de “nada”, se reúnem todas as terças para especular sobre o impossível, sobre a prevaricação e a irresponsabilidade. Os novos vereadores, com mandatos comprados e já se tornando milionários, os novos secretários de ar, já se tornando milionários, vão ocupando cada vez mais um espaço, uma representação e uma possibilidade.

Agora mesmo, um dos secretários, dono de uma empresa, entrou na justiça cobrando do prefeito Valmir da Integral, uma quantia milionária de serviços de campanha. Degringolou. A tal conta ou serviço de campanha não estava na prestação de contas da chapa e tudo  virou novamente uma confusão dos diabos. Os arquitetos do saber – um bando de trapalhões irresponsáveis – retornam a cena da maluquice no que sabem fazer melhor: acabar com a esperança da cidade.

E não somos uma cidade qualquer. É o maior PIB de exportação do Brasil inteiro, portanto um dos maiores PIB de exportação do mundo. Não há esgoto, água tratada, energia elétrica, internet, hospitais decentes, máquinas de hemodiálise, segurança de mobilidade, nada. Nem fluxo  bancário, de mercadorias ou econômico existem. O meio ambiente, devastado pela sanha imobiliária, destruiu todas as referencias históricas e naturais da planta urbana.

E uma câmara de vereadores como abrimos esta, patética, moleca, desconhecedora de leis. Não propõem nada porque não tem estrutura de poder, não foram eleitos para legislar. Foram eleitos para dividir com o executivo a gestão. E para com ele fazer negócios. O vereador Devanir teve sua casa comprada pela prefeitura, Major teve terrenos comprados, negócios de 5 milhões no total aproximado. João do Feijão vendeu seu mandato e todos sabem, as secretarias foram distribuídas de acordo com o poder de negociação de cada um, Odilon, Brás – cuja esposa é secretaria de habitação e tem fortes interesses nas decisões dessa turma. Uma farra, um samba maluco, uma total irresponsabilidade institucional, bem a cara desse estado miserável, isolado e violento. E a cada dia que passa, mais isolado, haja visto o governador estar envolvido em diversos crimes e sua oposição também esta comprometida. Ambos correm risco de perda de mandatos e até com possibilidade de nova eleição.

De onde pode vir o exemplo? O G5 no afogadilho, se contaminou com os piores, os mais fracos e famintos. Deixou  de ser um exemplo quando, dentre os seus, há aqueles que roubaram, que fizera o mesmo que agora denuncia... é bem esquisito.

Mas assim vamos, a espetáculo teatróide desses seres que se dizem “vereadores”. Deveriam ser fazendeiros, negociantes, mercadores. De ilusão, são especialistas é disso. Ilusão, factoides, merda.
Mas uma coisa digo. Viva a malandragem, a concupiscência, a cumplicidade de um  povo que recebe 50, 100 reais para participar. E das elites ou autoridades que seduzem com gestos, dinheiro ou promessas. Este povo que vende seu voto e vai para casa. Que se cala. Este povo que aplaude.
Quero saudar a paciência de outro povo.


Este povo  que pode partir para cima e exigir ou mesmo impor as  mudanças necessárias e urgentes para salvar uma cidade inteira que agoniza enquanto espera.

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