domingo, 3 de setembro de 2017

Vereadores para que?



IMOBILIDADE

A cada quatro anos, a mesma merda, a mesma desfaçatez e imobilidade. Não haverá novidade e transformação?












O que faz os vereadores de Parauapebas iniciarem as legislaturas repletos de boa intenção e geralmente em seis, oito meses, se tornarem perplexos ante a realidade fria e brutal de uma cidade miserável, egoísta e sem perspectivas de desenvolvimento?

Como consultor e analista local há mais de vinte anos e com vinte livros publicados e dez milhões de leitores na internet, divido, de forma curta e rápida minha visão desse fenômeno.

Em primeiro lugar o total despreparo que a “democracia” permite em cargos eletivos. A população escolhe os seus e pronto. Tome-lhe quatro anos de poder e muito, mas muito dinheiro. Ninguém está interessado no futuro melhor para todos. Apenas na grana imediata. Com a nova visão que temos sobre o estomago, dois pagamentos são feitos de forma imediata: o pobre eleitor recebe pelo voto e o esperto político recebe um cheque em branco, assinado.

Em segundo lugar o total despreparo de contadores, procurados e rapapés que cercam esses vereadores. Um bando de perdulários e puxa-sacos, ignorantes na sua arte e oficio. Não fornecem dados e informações reais sobre a confusão urbana. Todos perdem tempo precioso e colaboram para a paralisia geral,

Em terceiro lugar, a histórica sacanagem com recursos e tempo públicos: ninguém cobra, para que entregar? E entregar o que? Planejamos uma manifestação com mil desempregados e suas famílias que culminariam na Câmara dos Vereadores, com o pedido formal do FUNDO MUNICIPAL DO DESEMPREGO – toda a sistematização legal, jurídica e de gestão formulados por nossa consultoria -  onde seria fornecido aos vereadores do ar, elementos para intervenção de fato na fatídica questão da fome e desemprego,

Em quarto lugar, a não renovação de ideias e atitudes, com a manutenção dos “acordos políticos”, os velhos sempre são e serão mantidos. Basta olhar as assessorias dos gabinetes, sempre e eternamente os mesmos, os mesmos.

É avenida de mão dupla mas se torna beco sem saída a realidade política de Parauapebas. Tudo por não ousar, não compreender e buscar o novo, a renovação. A patética busca por armadilha e engessamento, via recompensa financeira do executivo faz de boas pessoas reféns do obvio: a corrupção. O silencio aterrador da câmara sobre a gestão é um péssimo sinal do que vem por ai nos próximos três anos. É lamentável que um presidente da câmara que começou tentando tenha se acomodado e tenha passado a fazer campanha com recursos públicos. É lamentável que vereadores com a necessária formação se percam em pequenas transações, reforçando nomes distantes de nossa realidade.

E o pior, o mais lamentável de tudo é a total obscuridade da grande maioria dos vereadores que são conhecidos apenas pelos que pagaram para serem eleitos.

O TSE é totalmente incompetente para administrar eleições nessa pátria de canalhas. Canalhas dos dois lados: os que fingem votar, recebendo pelo “trabalho” e os que fingem fazer campanha, “comprando” por esse direito. Assim nunca teremos a legitimidade necessária para direcionar esforços e abrir veredas que levem a transformação política, econômica e social da cidade.

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