IMOBILIDADE
A cada quatro anos, a mesma merda, a mesma desfaçatez e
imobilidade. Não haverá novidade e transformação?
O
que faz os vereadores de Parauapebas iniciarem as legislaturas repletos de boa
intenção e geralmente em seis, oito meses, se tornarem perplexos ante a realidade
fria e brutal de uma cidade miserável, egoísta e sem perspectivas de
desenvolvimento?
Como
consultor e analista local há mais de vinte anos e com vinte livros publicados
e dez milhões de leitores na internet, divido, de forma curta e rápida minha
visão desse fenômeno.
Em
primeiro lugar o total despreparo que a “democracia” permite em cargos
eletivos. A população escolhe os seus e pronto. Tome-lhe quatro anos de poder e
muito, mas muito dinheiro. Ninguém está interessado no futuro melhor para
todos. Apenas na grana imediata. Com a nova visão que temos sobre o estomago,
dois pagamentos são feitos de forma imediata: o pobre eleitor recebe pelo voto
e o esperto político recebe um cheque em branco, assinado.
Em
segundo lugar o total despreparo de contadores, procurados e rapapés que cercam
esses vereadores. Um bando de perdulários e puxa-sacos, ignorantes na sua arte
e oficio. Não fornecem dados e informações reais sobre a confusão urbana. Todos
perdem tempo precioso e colaboram para a paralisia geral,
Em
terceiro lugar, a histórica sacanagem com recursos e tempo públicos: ninguém cobra,
para que entregar? E entregar o que? Planejamos uma manifestação com mil
desempregados e suas famílias que culminariam na Câmara dos Vereadores, com o
pedido formal do FUNDO MUNICIPAL DO DESEMPREGO – toda a sistematização legal, jurídica
e de gestão formulados por nossa consultoria - onde seria fornecido aos vereadores do ar,
elementos para intervenção de fato na fatídica questão da fome e desemprego,
Em
quarto lugar, a não renovação de ideias e atitudes, com a manutenção dos “acordos
políticos”, os velhos sempre são e serão mantidos. Basta olhar as assessorias
dos gabinetes, sempre e eternamente os mesmos, os mesmos.
É
avenida de mão dupla mas se torna beco sem saída a realidade política de
Parauapebas. Tudo por não ousar, não compreender e buscar o novo, a renovação. A
patética busca por armadilha e engessamento, via recompensa financeira do
executivo faz de boas pessoas reféns do obvio: a corrupção. O silencio
aterrador da câmara sobre a gestão é um péssimo sinal do que vem por ai nos próximos
três anos. É lamentável que um presidente da câmara que começou tentando tenha
se acomodado e tenha passado a fazer campanha com recursos públicos. É lamentável
que vereadores com a necessária formação se percam em pequenas transações,
reforçando nomes distantes de nossa realidade.
E
o pior, o mais lamentável de tudo é a total obscuridade da grande maioria dos
vereadores que são conhecidos apenas pelos que pagaram para serem eleitos.
O
TSE é totalmente incompetente para administrar eleições nessa pátria de
canalhas. Canalhas dos dois lados: os que fingem votar, recebendo pelo “trabalho”
e os que fingem fazer campanha, “comprando” por esse direito. Assim nunca
teremos a legitimidade necessária para direcionar esforços e abrir veredas que
levem a transformação política, econômica e social da cidade.
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