SALARIO
ZERO,
Radicalizamos
ainda mais
Parabéns
Rui. Sua mente é muito distante desse pessoal medíocre. Suas intenções, apesar
de sabermos que depois lá dentro tudo será diferente mesmo porque há
antagonismos e nem todos pensam igual, é uma questão mais moral e histórica
numa sociedade em que seus membros querem levar vantagem em tudo.
HOMENS
e mulheres altruístas a ponto de entenderem o privilégio de serem vereadores.
São patrocinados apenas pelo que trabalham, igual a todos trabalhadores. Ou o
mesmo salário dos professores que realmente são o futuro do país. Mero sonho,
mero achincalhe. Jamais, uma sociedade corrupta e mal nascida como a nossa
conviveria com tal sonho.
Rui
Vassourinha, visionário e pioneiro em abrir picadas, sugere e cria um movimento
pré-eleitoral e recebe de volta o ódio dos acomodados. Claro, fazer política
sem vantagens é impossível. Diz a teoria Cabe destacar a cartilha teórica sobre comportamento
eleitoral – modelo econômico. Os
pressupostos teóricos para uma explicação económica do comportamento eleitoral
foram apresentados por Anthony Downs (1957) na obra “An Economic Theory of
Democracy”. Esta teoria é habitualmente referenciada como teoria da
escolha racional (rational choice theory).
Trata-se de uma tentativa de explicar o comportamento político tendo como ponto
de partida os trabalhos realizados no âmbito da economia política por Kenneth
Arrow (1951; 1986) em que se relacionam parâmetros económicos — recursos,
bens e tecnologia — com um resultado ou escolha. O pressuposto é simples: se as
hipóteses de escolha racional são capazes de explicar o funcionamento do
mercado, então também podem explicar o funcionamento político. Estabelece-se
uma analogia directa entre consumidores e votantes e entre empresas e partidos
políticos. Se as empresas procuram maximizar os ganhos e os consumidores agem
no sentido de maximizar a utilidade podemos, então teorizar no sentido de que os eleitores procuram maximizar a
utilidade do seu voto enquanto os partidos agem no sentido de maximizar os
ganhos eleitorais obtidos com as suas propostas políticas. ... ok, como não temos tempo, vamos pela
“Consistência
A racionalidade do sistema político deriva do facto de os
eleitores, os partidos políticos e o governo terem sempre disponíveis várias
opções de escolha interligadas e que podem ser ordenadas da mais à menos
favorável. A ordem das preferências das opções é transitiva de modo que se o
sujeito prefere A a B e B a C então
também prefere A a C (Downs, 1957).
De acordo com esta abordagem, quando colocados perante duas
alternativas os sujeitos racionais comparam os benefícios esperados em cada uma
das opções. Nos casos de escolha eleitoral, comparam os resultados esperados
pela eleição do partido no governo, com a expectativa de ganhos no caso
de vencer o partido opositor. Se o diferencial entre estes dois
valores for positivo votarão no partido do governo. Se o diferencial for
negativo votarão no partido da oposição. Nos casos em que o valor for igual a
zero abster-se-ão de votar.
A escolha racional pressupõe, portanto, que é possível fazer
previsões sobre o comportamento dos outros sujeitos, dos partidos políticos e
do governo e compará-las. A questão que se coloca é a de saber como é que os
sujeitos calculam o valor esperado em cada uma das alternativas. Se em relação
ao partido do governo poderão calcular o valor esperado em função da acção
anterior desse partido, assumindo que haverá continuidade da política exercida
enquanto esteve no governo, já no que diz respeito ao partido da oposição não
dispõem de um indicador da mesma natureza. Em relação a estes últimos, os
únicos indicadores disponíveis resultam da avaliação que o sujeito faz daquilo
que esses partidos dizem que vão fazer ou, em alternativa, da conjectura sobre
aquilo que poderiam ter feito se tivessem sido eles a estar no governo. Uma vez
que a teoria admite que a comparação racional é aquela que se faz usando como
termo de comparação a mesma unidade de tempo, ou seja, o mandato que termina,
então, o eleitor compara a realização do partido do governo com aquilo
que se supõe que cada partido da oposição teria feito se fosse ele a estar no
governo.
É claro que o cálculo do diferencial entre os ganhos previsíveis
pela opção nos diferentes partidos só pode ser feito se assumirmos que os
partidos são responsáveis e confiáveis, ou seja, que existe consistência no seu
comportamento. Se não se verificar a condição de consistência em relação aos
partidos políticos e ao governo, tal situação leva à impossibilidade de escolha
racional e, em consequência, ao colapso do sistema democrático. (exerto
retirado de Antunes, R. J. S. (2008). Identificação partidária e
comportamento eleitoral: Factores estruturais, atitudes e mudanças no sentido
de voto. Coimbra:
Universidade de Coimbra [tese de doutoramento] (pp. 33-42) e de Antunes, R.J.S.
(2010). Theoretical models of voting behavior. Exedra,
4, 145-170. “
Nossa intenção é elucidar esta crença de que o
interesse pessoal sobrepõe e não pensamos no coletivo apenas. É esta a razão da
superioridade dos grupos de poder na sua perpetuação. Se esta bom, para que
mudar?
Então não falemos em altruísmo ou princípios.
Falemos de egoísmo e sede de poder. É o que enxergarmos a cada dois anos:
aparecem do nada, com todo o cinismo e malandragem, pedem votos, fazem
promessas, abraçam crianças. Ganham um cheque em branco e se recolhem, fazem
negociata, enriquecem e depois novamente. Tolos dos que votam. Isso não é democracia nem igualdade.
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