terça-feira, 28 de junho de 2016

Vive-se da morte, é a realidade de Parauapebas



MAIS UMA TRAGÉDIA. Ou o silencio que mata







Novamente deparamos com a tremenda covardia e o desgraçado espirito de corpo da miserável classe politica de Parauapebas. De um lado vereadores mancomunados com a tragédia, o engodo, a grana fácil por apoiar um dos maiores e piores gestor que já conhecemos. Do outro todos os candidatos, até agora à exceção de Marden Lima e agora Dr. Hypólito, vir a público contestar informações e realmente mostrar quem esta matando a população doente, que precisa de cuidados médicos na rica e bilionária capital do minério.

Deveria se envergonhar, se tivessem alma, se isso fosse possível em seres nojentos, abjetos e covardes como esses que tem a palavra e não a usam, acobertados ou silenciados pelo dinheiro e pelo exercício de cargo delegado pelas massas. Desgraçadamente vivemos ilhados aqui em Parauapebas, mas mãos desses criminosos.
Perdi um ente querido ali, por falta de máquinas de hemodiálise, por falta de equipamentos. Milhares morrem ali, a espera de tratamento médico. E mesmo assim, ninguém, nenhum politico expressa seu desprezo, sentimento, critica, ninguém se mobiliza.

É covarde, é cruel. É a prova cabal de que NÃO TEMOS OPSIÇÃO nesta cidade sitiada. Todos estão à espera da morte.

O cavaleiro do apocalipse, Valmir da Integral ensaia sua reeleição e nada é feito, nada.  Gostaria de saber ao menos onde estão seus competidores, onde estão os onze ou doze candidatos a prefeito que nem procuram saber publicamente o que aconteceu.

Dr. Hipólito Reis contesta a nota do governo de Parauapebas 





Dr. Hipólito contesta informações
do governo de Parauapebas

O médico oftalmologista Hipólito Reis contesta as informações prestadas pela prefeitura municipal de Parauapebas, o documento afirma que foi prestada toda a assistência necessária ao Dr. Jerônimo.

Dr. Hipólito presenciou a situação

“Eu estava no hospital e acompanhei toda a situação. O medicamento chegou tarde demais e por meio de outro colega que se empenhou para obtê-lo, mas o Jerônimo já estava em choque e não podia tomar a medicação, que precisa ser aplicada no tempo certo, logo nos primeiros momentos. Não foi nada conseguido pela administração pública, que trata a saúde do município com total irresponsabilidade, ceifando vidas que poderiam ser salvas se tivessem o atendimento adequado”, protesta.

Médicos tentaram, mas falta o "básico"

Hipólito afirma que a equipe médica fez o que podia, mas faltou os procedimentos que dependem da estrutura hospitalar, o que o HMP não tem. “Esses detalhes hoje estão determinando quem vai viver ou morrer em Parauapebas. Esse governo não está dando atenção para a coisa mais importante do ser humano, que é a vida. E quando o governo despreza a vida, vemos o que está acontecendo no município”, ressalta.



Sindicato dos médicos do Pará também contesta situação em Parauapebas





"Apesar de todo o momento de dor pelo falecimento do médico Jerônimo Pereira de Freitas, vítima de infarto agudo do miocárdio, no Hospital Municipal de Parauapebas, os colegas médicos de Parauapebas não podem deixar de protestar contra a propaganda enganosa da Prefeitura Municipal. O colega realmente recebeu o melhor atendimento possível, mas dentro das precárias condições do Hospital Municipal, por iniciativa de plantonistas e de muitos colegas que nem são funcionários públicos ou que nem estavam no plantão ou sobreaviso. Nenhum mérito da Administração Pública.

O trombolítico que há muito não existe no hospital, foi conseguido por mérito pessoal de um dos colegas que foi até à Serra dos Carajás e comprou, com recursos próprios, a medicação e trouxe para o HMP. Infelizmente, o tempo faz a diferença e houve agravamento do quadro com parada cardíaca e necessidade de intubação e ventilação mecânica. O Dr.Jerônimo teve que ser levado para o centro cirúrgico para ser colocado no ventilador de lá, pois não há aparelho de ventilação mecânica para adultos no Hospital.

Também não havia bomba de infusão, monitor cardíaco e nem material para acesso venoso central. Nem uma sedação decente havia para proceder a intubação. Sabe-se lá quantas pessoas já morreram nas instalações do hospital municipal pela precariedade de atendimento? Apesar disso, as inaugurações teatrais continuam e no dia 1º de Julho vem mais uma. Inaugura-se o prédio do novo Hospital. Hospital que vai abrir sem garantia de recursos para sua sustentabilidade, mas um contrato milionário com uma Organização Social “Sem Fins Lucrativos” já é certo. Mais gente para dividir a fatia do bolo e ganhar nas costas da população e dos servidores públicos decentes."

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