MAIS
UMA TRAGÉDIA. Ou o silencio que mata
Novamente
deparamos com a tremenda covardia e o desgraçado espirito de corpo da miserável
classe politica de Parauapebas. De um lado vereadores mancomunados com a
tragédia, o engodo, a grana fácil por apoiar um dos maiores e piores gestor que
já conhecemos. Do outro todos os candidatos, até agora à exceção de Marden Lima
e agora Dr. Hypólito, vir a público contestar informações e realmente mostrar
quem esta matando a população doente, que precisa de cuidados médicos na rica e
bilionária capital do minério.
Deveria
se envergonhar, se tivessem alma, se isso fosse possível em seres nojentos,
abjetos e covardes como esses que tem a palavra e não a usam, acobertados ou
silenciados pelo dinheiro e pelo exercício de cargo delegado pelas massas.
Desgraçadamente vivemos ilhados aqui em Parauapebas, mas mãos desses criminosos.
Perdi
um ente querido ali, por falta de máquinas de hemodiálise, por falta de equipamentos.
Milhares morrem ali, a espera de tratamento médico. E mesmo assim, ninguém,
nenhum politico expressa seu desprezo, sentimento, critica, ninguém se
mobiliza.
É
covarde, é cruel. É a prova cabal de que NÃO TEMOS OPSIÇÃO nesta cidade
sitiada. Todos estão à espera da morte.
O
cavaleiro do apocalipse, Valmir da Integral ensaia sua reeleição e nada é
feito, nada. Gostaria de saber ao menos
onde estão seus competidores, onde estão os onze ou doze candidatos a prefeito
que nem procuram saber publicamente o que aconteceu.
Parauapebas: sindicato dos médicos e profissionais
criticam a situação da saúde pública no município
Dr. Hipólito Reis
contesta a nota do governo de Parauapebas
Dr. Hipólito contesta
informações
do governo de Parauapebas |
O médico oftalmologista Hipólito Reis contesta as
informações prestadas pela prefeitura municipal de Parauapebas, o documento
afirma que foi prestada toda a assistência necessária ao Dr. Jerônimo.
Dr. Hipólito presenciou a situação
“Eu estava no hospital e acompanhei toda a
situação. O medicamento chegou tarde demais e por meio de outro colega que se
empenhou para obtê-lo, mas o Jerônimo já estava em choque e não podia tomar a
medicação, que precisa ser aplicada no tempo certo, logo nos primeiros momentos.
Não foi nada conseguido pela administração pública, que trata a saúde do
município com total irresponsabilidade, ceifando vidas que poderiam ser salvas
se tivessem o atendimento adequado”, protesta.
Médicos tentaram, mas falta o "básico"
Hipólito afirma que a equipe médica fez o que
podia, mas faltou os procedimentos que dependem da estrutura hospitalar, o que
o HMP não tem. “Esses detalhes hoje estão determinando quem vai viver ou
morrer em Parauapebas. Esse governo não está dando atenção para a coisa mais
importante do ser humano, que é a vida. E quando o governo despreza a vida,
vemos o que está acontecendo no município”, ressalta.
Sindicato dos médicos do
Pará também contesta situação em Parauapebas
"Apesar de todo o momento de dor pelo
falecimento do médico Jerônimo Pereira de Freitas, vítima de infarto agudo do
miocárdio, no Hospital Municipal de Parauapebas, os colegas médicos de Parauapebas
não podem deixar de protestar contra a propaganda enganosa da Prefeitura
Municipal. O colega realmente recebeu o melhor atendimento possível, mas dentro
das precárias condições do Hospital Municipal, por iniciativa de plantonistas e
de muitos colegas que nem são funcionários públicos ou que nem estavam no
plantão ou sobreaviso. Nenhum mérito da Administração Pública.
O trombolítico que há muito não existe no hospital,
foi conseguido por mérito pessoal de um dos colegas que foi até à Serra dos
Carajás e comprou, com recursos próprios, a medicação e trouxe para o HMP.
Infelizmente, o tempo faz a diferença e houve agravamento do quadro com parada
cardíaca e necessidade de intubação e ventilação mecânica. O Dr.Jerônimo teve
que ser levado para o centro cirúrgico para ser colocado no ventilador de lá,
pois não há aparelho de ventilação mecânica para adultos no Hospital.
Também não havia bomba de infusão, monitor cardíaco
e nem material para acesso venoso central. Nem uma sedação decente havia para
proceder a intubação. Sabe-se lá quantas pessoas já morreram nas instalações do
hospital municipal pela precariedade de atendimento? Apesar disso, as
inaugurações teatrais continuam e no dia 1º de Julho vem mais uma. Inaugura-se
o prédio do novo Hospital. Hospital que vai abrir sem garantia de recursos para
sua sustentabilidade, mas um contrato milionário com uma Organização Social
“Sem Fins Lucrativos” já é certo. Mais gente para dividir a fatia do bolo e
ganhar nas costas da população e dos servidores públicos decentes."