sábado, 2 de maio de 2015

A sociedade tem que se posicionar e exigir continuidade. São mais de dois anos de paralisia.

Irmãos em guerra.
Porque temos que acelerar o entendimento social e politico. E porque precisamos pressionar os órgãos repressores para resolverem como vão tratar os desmandos e a ilegalidade do governo Valmir da Integral. A sociedade tem que impor uma trégua ou o fim da queda de braço entre executivo e legislativo. Por sua própria salvação.





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Já durou tempo demais. Afinal são dois anos e cinco meses, restando pouco mais de um ano e meio para encerrar uma gestão que vamos precisar de preces e muita complacência para esquecer. Afinal a imobilidade executiva de Parauapebas já causou estragos demais, todos estão perdendo. Nem estamos mais buscando,  se houvesse, o bom senso do grupo de Valmir da Integral em renunciar ou ao menos reformular completamente, reciclando pessoas e atitudes. Foram longe demais. O pior é que todos os agentes envolvidos nesta paralisação assustadora de Parauapebas não terem maturidade o bastante para perceberem que foram longe demais. Afinal , nossas convicções afetam a todos e precisamos entender que para resolver o impasse de gestão vamos precisar de mais do que temos feito até agora e nem surtido efeito prático.

O único – a saída de Valmir da Integral e sua trupe desonesta. Esta paralisia compromete para sempre o futuro de Parauapebas. É neste momento, enquanto a VALE ainda pode que devemos iniciar conversações sobre sua responsabilidade sobre os destinos da cidade. É neste momento que todos os agentes de desenvolvimento e crescimento econômico tem que estar dispostos a sentar, discutir e encontrar a melhor saída para o fim de uma era de recursos abundantes e desperdícios. Parauapebas não pode continuar perdendo seu rumo, caminhando para o caos.

Originalmente a guerra seria contra a corrupção. Mas todos se corromperam ao longo do processo e não temos mais saída. O G5 ampliado para G7 ainda não conseguiu mostrar a que veio. Sem a sociedade civil a partilhar e empurrar o processo, podemos ver este estado de coisas por mais longos 18 meses, até a eleição do novo prefeito. As sessões da câmara se tornaram cenário de filme medíocre, uma disputa que nem mesmo os vereadores sabem porque a travam. Assim vemos que não tem mais vencedores, apenas um bando a cada dia maior de deserdados, de prejudicados, de perdidos. Penso na tragédia dos últimos dias públicos de Odilon, de Brás, e dos aliados de Valmir – tentando defender o indefensável.  Será apenas pelo dinheiro roubado da população? Enquanto se perdem em suas misérias publicas, com Valmir da Integral acuado mas ainda à frente de todos, este se locupleta num ambiente seu a vida inteira – o caos.
Enquanto isto crianças morrem a míngua no hospital da prefeitura. Enquanto isso as mortes violentas triplicam nos finais de semana e feriados. Enquanto isso vemos a cada dia o estado de direito mais e mais ameaçado por grupos de pressão, por mortes de encomenda (Dr. Jackson), por perseguições.

Ou teremos que mobilizar as massas, as ditas lideranças para darmos um basta a tanta dissidia e loucura? O que esta prevalecendo agora nos corações e mentes desses “políticos”? Dessas “lideranças” de nada, que infelizmente nunca tivemos oportunidade de gerar, lideranças realmente comprometidas com o desenvolvimento desta cidade, estão pensando o que? Devemos continuar esperando por eles, encontrarem um paliativo, uma possível saída para tao grave momento social?

A história tem sido cruel com este sitio.  Primeiro Faisal, agora encostado e com graves acusações de trabalho escravo nas costas. Elegeu a primeira prefeita biônica da Nova Republica, sua ex-esposa, que se voltou contra ele e entregou a cidade as máfias, Welney à frente. Cometeu crimes e se impôs por longos oito anos. Sua característica eram festas e mais festas, arrumando uma popularidade que mais foi real. Depois vieram Darci e agora Valmir. Dois tresloucados “líderes” plugados justamente pela falta de liderança, que confusão. E foi realmente este os acontecimentos. Salva e redime este mapa de gente ruim, a presença isolada de Chico das Cortinas e Meire Vaz. Tudo que temos hoje surgiu sob a gerência desses dois e até hoje permanece. Não víamos tanta desgraça acontecendo, mesmo guardado as proporções históricas e o desenvolvimento. Era moral, era gestão, era boa vontade.

Agora vemos a cada semana a mesma novela mexicana. A trupe de Valmir ainda sem saber salva-lo da bancarrota, ainda metidos e arrogantes, a turma da Ângela ainda à espera do milagre, em reuniões recorrentes, em juntada de documentos, em apelos de ajuda e em promessas, se endividando desnecessariamente, sem foco, sem rumo.

O G5 vitaminado mas ainda débil e presa mesmo se esforçando para formar o até então desnecessário G7, com uns dois membros tão ou mais enrolados que Valmir. O crescimento do   grupo partiu da ideia desproporcional de trazer dois irresponsáveis para uma luta de longa duração.  Também sob investigação, ambos não sabem a quem recorrer e fazem a aposta de suas vidas. Os advogados, de ambos os lados nem sabem para onde apelam, chega a ser divertido ver tanta gente metida a besta sem saber o que fazer. É o que demonstram. Eles não tem a solução, ficará o mal feito, o mal acabado. Ainda bem que as eleições estão próximas, fazendo os partidos agirem como tal: agremiações de semelhantes, em prol da sociedade.
Mas agora enfrentamos dois pesadelos limítrofes: a queda brutal da capacidade de caixa da VALE e a má gestão publica se cruzarem. A crise instalada não será passageira, é uma renovação, uma mudança no sentido de existir de Parauapebas. A velha pujança não voltará. Apesar de nunca termos sido uma cidade rica, tínhamos a impressão de sê-lo. Pelo volume de pessoas, de veículos, de comercio. Que ao primeiro tropeço da mineradora, ficaram todos órfãos. A esperança de ser dormitório de Canaã não se realiza, não sabemos se o S11D ira vingar, se vai realmente produzir num cenário de excesso de oferta de minério. O comercio parado, os hotéis vazios, vazias as ruas, avenidas, supermercados, praças. Em breve vazias e desertas as casas e os novos loteamentos, lançados na bolha imobiliária que esta para se romper no pais inteiro.

Enfrentando o primeiro refluxo populacional de sua curta historia, Parauapebas enfrenta desafios que redefinem sua trajetória. E num momento de lideres mortos ou inexistentes, de reduzida capacidade de reação e enfrentamento, sua sociedade dividida e suas associações pesadas e mal acostumadas com o antigo.

É justo neste momento que o executivo e o legislativo se funcionassem, estariam traçando planos e buscando novas matrizes, estudando e propondo a nova arrumação da casa. Mas estamos inertes e estamos em guerra.

E nem temos capacidade de reação. Porque os anos e anos acostumados a esperar pelos repasses do CEFEM nos tornaram acomodados e confiantes demais que a usina atrás do morro sempre nos manteria na ilusão de não termos problemas, que tudo se resolveria. Agora, pegos na surpresa da falta, recrudesce nossas diferenças e  o melhor caminho se torna o do aeroporto ou das estradas. A grande maioria pensa em partir, mas como deixar para trás investimentos do melhor de suas vidas? É uma sociedade tão egoísta e medíocre que ninguém pensa em articular grupos para propor soluções e recomeço.

Nossa matéria Novas Matrizes Econômicas (http://nossosservicos1.blogspot.com.br/2014/08/a-oportunidade-de-propor-uma-nova.html não empolgou, não iniciou nenhuma discussão ou conversa e não temos noticias de ação semelhante.

Assim, vereadores, prefeito e secretários precisariam, se não houvessem estas brutais e praticamente inegociáveis diferenças,  iniciar esta conversa, burilar pensamentos, buscar saídas. Ainda temos a VALE que seguramente, não sei por quanto tempo neste formato, que é de seu interesse participar e propor. Mas com esta disputa de poder, talvez amanha seja tarde. Ou pode ser que nem tenhamos um amanha.


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