A IMENSA DÍVIDA SOCIAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE PARAUAPEBAS
DA inutilidade de certos cargos numa democracia,
Pergunta-se
recorrentemente para que servem vereadores ou câmara baixa numa democracia e
por que – em se tornando uteis – merecem tamanha atenção e tamanhos recursos. As
pessoas observam o monstruoso orçamento da Câmara Municipal e o tamanho dos
ganhos dos vereadores. Observam as suas comodidades. Observam sobretudo seus ganhos
marginais obtidos para legislarem contra o povo. (Vide o caso da taxa de
iluminação pública dentre outros...), eu não sei responder.
O
típico caso citado na matéria dessa foto. A sociedade a cada dia percebe a real
necessidade que movem um grupo de líderes se aboletarem no poder legislativo
apenas para legitimar as ilegalidades de um executivo que compra tudo: terceiro
setor, vereadores, imprensa, desempregados, empresários, políticos, partidos, todos.
O
orçamento bilionário da cidade contrasta violentamente com o abandono das
crianças pelas ruas e vielas, devido ao fato das escolas dividirem seus horários
em quatro turnos. Os prédios das escolas largados, uma rede de assistência de
saúde aos frangalhos, e uma urbe largada em si mesma para assistir um gran finale
de sujeira, escaramuças, trapos e fome.
Estudamos
o desenvolvimento de Parauapebas desde 1990 e vemos uma cidade inchar sem
planejamento, buscando problemas e trazendo para si e sua administração apenas
tropeços. Não se consegue vislumbrar resolução dos problemas criados por uma
sistemática má gestão e pela irresponsabilidade de legisladores que jamais
mereceram o posto.
E
lamentavelmente vemos, pelo estouro da manada que ainda em 2020 a cidade não
terá futuro, não haverá renovação no seu principal executivo, pois as massas
querem o passado de volta...
Ainda
à espera de soluções e com seus problemas multiplicados, um sonho que seria a
renovação dessa casa quase inútil, se anuncia perdido. A esperança de ares juvenis
ou adultos com algum grau de independência e menos malandragem, se perdem
frente ao poder da compra aberta de votos e apoios. A maioria dos possíveis
eleitos já bebem fartamente na fonte do recurso público, entendidos por todos ali,
como de ninguém.
Seriam
as massas detentoras de algum poder sobre seu voto que passasse longe de sua
comercialização, sua venda espúria para assim deter algo do bolo dividido entre
iguais?
Numa
cidade faminta e refém “do quem indicou” não vemos horizonte. O atual esforço
supremacista em que a administração municipal tenta desordenamente se apossar de
afazeres da sociedade civil piora ainda mais a sobrevivência de iniciativas
independentes como a formação profissional. E o pior, a estatização da colocação
profissional faz do desempregado cliente fixo do prefeito que passa a indicar
os seus somente.
Enquanto
isso, em conluio prefeito e vereadores se apossam desses recursos assustadores
que compõem um orçamento de 375 milhões de dólares. Só os mesmos, apenas os
mesmos.