Movimento
sindical e CNT comemoram saída de Parente
Publicado em 01/06/2018 - 17:22
Por
Akemi Nitahara, Elaine Patricia Cruz
e Vinicius Lisboa - Repórteres da Agência Brasil Rio de Janeiro e São Paulo
As duas maiores centrais sindicais do país
comemoraram hoje (1º) o pedido de demissão de Pedro Parente da
presidência da Petrobras. Em nota, a Força Sindical afirmou que “a saída do
presidente da Petrobras, Pedro Parente, só trará benefícios para a sociedade
brasileira”. Segundo a central, Parente “prejudicava a classe trabalhadora”.
Já a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) afirmou, em seu site, que a queda de Pedro Parente
demonstraria a vitória dos petroleiros (que suspenderam a greve ontem). Para os
sindicatos e federações ligados à CUT, Parente foi o “responsável pelo caos que
se instalou no país com a paralisação dos caminhoneiros”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que
defendeu em greve a substituição de Parente, disse ter visto com
“alívio” o pedido de demissão, segundo o coordenador da entidade no
Rio de Janeiro, José Maria Rangel. Ele defendeu mudanças na política de
preços por considerá-la danosa ao país. Segundo ele, não adianta a
Petrobras ter lucro bilionário, enquanto os brasileiros pagam caro
pelos combustíveis. Rangel lembrou que o Brasil tem importado óleo diesel
dos Estados Unidos, enquanto as refinarias do país estão ociosas.
O presidente da Associação dos Engenheiros da
Petrobras (Aepet), Felipe Coutinho, também avaliou que a política de preços
baseada no mercado internacional é prejudicial não só à população brasileira,
mas também ao governo e até à própria Petrobras. Coutinho afirmou ser preciso
acompanhar as últimas medidas do governo sobre o diesel para ver se não há
risco de continuarem, na sua avaliação, a favorecer importadores.
Empresários
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), que
representa os empresários do setor, divulgou nota em que considera “muito
positiva” a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. “Parente foi
o maior responsável pela crise que o Brasil enfrentou com a greve dos
caminhoneiros. Nada justifica os preços abusivos do diesel praticados pela
empresa nos últimos meses”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.
Já o presidente da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,
lamentou a saída de Pedro Parente. Em nota, ele destacou que a empresa
teve uma valorização de mercado de R$ 200 bilhões durante a gestão de Parente,
que "trouxe esperança para o mercado de petróleo e gás". Ele disse ainda
esperar que o próximo gestor dê continuidade à retomada da recuperação da
Petrobras.
Edição: Juliana Andrade
EXCLUSIVA:
esse texto demonstra claramente para que serve a classe política desse pais,
trabalhar contra o povo e a favor de interesses outros. Nosso caso local
ilustra bem tudo. Acomodados com o que as mineradoras repassam para a cidade, não
avançamos na imposição de uma política local de mineração, numa legislação e adequação
das leis federais a nível do legislativo e executivo locais. Trabalham também pelo interesse das mineradoras
e do capital estrangeiro nelas, além dos importadores. Interesse é o porquê ninguém
aqui interessa pelo que
exportamos. Se 3 a 5 por cento da massa embarcada são minérios de alto valor porque
não sabemos o que é?
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