IMPASSE NA CAMARA DE
PARAUAPEBAS
Prefeito desobedece decisão de
afastamento por 180 dias – Decreto Legislativo, considerado por ele mesmo
ilegal. Prefeita toma posse mas não despacha. Comunidade julga se houve
factoide para ratificar ação do MPE. Vivemos mais este pesadelo. Vereadores a
venda e comprados, espertalhões enchendo o gabinete, armas em punho. O rei da
confusão – Valmir da Integral, esta no seu elemento.
O
legislativo municipal enfrenta seu grande momento. Depois disso, teremos uma
nova percepção de poder e de quem manda em quem nesta cidade. É uma câmara de
vereadores que perdeu e esta perdendo um jogo que nem começou. E de lavada,
talvez por excessiva confiança, talvez por Inocência. O fato é que até agora,
nada mudou em relação a reunião de 20 de janeiro. Estamos num empate que apenas
o MPE e outras forças de investigação e acusação, alheias ao nosso trama local
podem e irão resolver. Câmara e
executivo por si não resolvem. Não têm poder para tanto. Tudo na base do
dinheiro, da compra de consciência, tripudia quem pode pagar mais. Quem vai
resolver o impasse é apenas o MPE, PF ou outros órgãos reguladores externos.
Assim, há apenas um prefeito, Valmir da Integral. E uma vice-prefeita, Ângela
Pereira.
Esta
resolução não salva nossos vereadores do enorme e histórico vexame pelo
que serão e estão submetidos. E tudo por
excessiva “sabedoria”, por confiança cega e não estratégica a procedimentos sociais,
políticos ou jurídicos – interessante é que, estes procedimentos, a despeito de
reiteradas vitorias marginais, não conseguem superar nem de longe a enorme e
inercial força do poder executivo. Assistimos quase todos os dias, juízes não
acatarem afastamento, usando sempre o
mesmo argumento de que não tem motivo. Ou pedindo acréscimos e complementações à
iniciais brilhantes. Ora é mudança de sujeitos em polo ativo, ora são
documentos públicos, ora são subterfúgios irônicos, deixando atônitos advogados
experientes e novatos.
O
lamentável é que alguns desses parceiros são pessoas serias e cheias de boa fé.
O problema é quando questões pessoais sobrepõem as profissionais, e inicia uma
caça as bruxas dentro do próprio grupo de apoio. Não se deve usar praticas de
quem se condena. Utilizar meios condenáveis para se obter um ideal é nivelar
por baixo o sonho. Se somos contra a corrupção, então porque corromper? Não
posso entender a luta do poder pelo poder simplesmente.
A
sessão de afastamento do prefeito é um caso emblemático nesta trama. Apesar dos
diretamente envolvidos jurarem que seguiram o rito legal, cem por cento dos
advogados consultados condenam a sessão. Desautoriza o julgamento apressado e
informal, pode-se dizer. A posse da prefeita virou uma pantomina, quase jogando
por terra a credibilidade da futura autoridade. O que assusta é o procedimento
em si. Havia grupo e não houve discursão, não se pensou estrategicamente –
alguém comentou que na verdade foi montado um factoide para ser referendado
pelo MPE. Ou pelo judiciário. O
inteligente ou brilhante estrategista viu sua armação virar pó. Porque faltou
combinar com a outra parte e ela não cumpriu seu papel. Se foi factoide foi
mais inocência que maldade. Agora que foi péssimo para a imagem de poder que se
deve passar – foi.
Valmir
é dono do caos. Sempre militou na bagunça, desordem, confusão. Escapou e foi
aconselhado a ignorar a câmara de
vereadores. Dividida ele passou a tripudiar sobre os incautos e a
vice-prefeita. E continua dando cartas, ao usar a força policial do estado para
cercar o prédio publico da prefeitura, como obteve garantias que não deveria
obedecer ou entregar algo. Há quase um mês em que ele foi afastado e continua
despachando normalmente de sua sala, com apoios crescentes pelo mal entendido e
pelos oportunistas que vislumbraram ai uma oportunidade de ganhos. Mas
finalmente estão jogando em algum nível. O desafio constante aos vereadores
renegados é o envio diário de projetos do executivo para ser apreciado. A
negativa da maioria simples em votar, vai criando um fato politico importante –
o MPE deve aparecer urgente, senão esta
queda de braço vai pender para um lado... principalmente agora que foi feito a
oferta final de acordo e os funcionários públicos vão querer o aumento na
próxima folha. Como ficarão os vereadores que insistem que Valmir da Integral
não manda em nada e não pode enviar projeto de lei para eles? Vão enfrentar a
massa de funcionários e explicar o impasse? Qual o posicionamento estratégico
para enfrentar a situação? Vão entrar na justiça?
Sei
dos bastidores e sei o que Valmir da Integral e seus “parceiros” esperam. Não há salvação
para si e sua trupe. Condenaram-se
ao cometerem crimes hediondos com recursos públicos. Nunca se cuidaram mesmo
porque também não possuem armas ou estratégias especiais. Diria que estão mais
para irmãos metralha do que para lava jato. São bandidos de baixa categoria e
se enrolaram depressa, deixaram marcas e se fartaram. Gritaram para todos nas
suas ligações e grupos de whatsapp o que fariam, comportaram como colegiais na
primeira festa. Haverá severas punições em breve. Mesmo porque depois da crise
de corrupção que o PT exponenciou não é mais possível manter tanta sujeira
debaixo do tapete. E a sujeira feita em Parauapebas – com apoio de parte do PT
(todos os cargos executivos do governo atual são de posse do antigo PT) – fede,
tresanda. Este partido, aqui aliado ao PSDB neste governo, tem nos principais
cargos da Secretaria da Educação, pessoas do PT que inclusive forma demitidas
por Valmir e readmitidas, são o núcleo da crise desse desgoverno. As únicas
exceções de alguma decência são Arenes e Eliane. Miquinha
e Euzébio estão agarrados ao
fisiologismo, se igualam em porcaria com Odilon e restante.
Aliás,
tolo de quem se vende a um grupo que não tem mais como pagar.
Então
todo o esforço e diria eu, até sacanagem feita até agora pelo grupo de cá, foi
inútil. Não precisava porque não acrescentou um nada, apenas criou mais
confusão, expondo desnecessariamente o MPE e outros agentes. Ainda esperamos a
intervenção de grupos organizados e externos. A câmara dos vereadores
demonstrou sua real serventia: nada. Não serve para nada, são grumetes do poder
executivo, num jogo de partilha de poder e recursos. Bandidos de lá e de cá,
superfaturam falsificando os vidros da câmara – o projeto original eram todos
blindados, trocaram por películas, o piso refeito logo após a inauguração, o
sistema de som, o landscape, tudo superfaturado e agora, raposas que falam
contra aspirantes cobraram duramente propinas de até 40% dos pagamentos.
Falamos com provas.
Sabemos
até quando este impasse vai durar: até as investigações publicas do MPE chegarem a uma decisão. Ou da
PF. Ou das forças politicas de Brasília.
Alias
nossa consultoria sempre foi buscar forças e alianças internas e externas,
estado e federação. Afinal um prefeito de 1,2 bilhão ano não se tira do cargo
no grito.